Às 22h55 desta quarta-feira (27), Jade Antonella nasceu na Maternidade Municipal Lucilla Ballalai, em Londrina. Com três quilos e quinhentos gramas e 51 centímetros, a menina foi o bebê de número cem mil a chegar ao mundo pelas mãos da equipe da instituição.
Na manhã desta quinta-feira (28), Jade, a mãe, Thalia Kelly, e a avó, Kelly Regina, receberam a visita do prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), e do secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, que levaram presentes para o centésimo milésimo bebê.
MONITORAMENTO
De acordo com o secretário, a contagem de nascidos na Maternidade Municipal estava em 99.994 na quarta-feira, quando seis mulheres entraram em trabalho de parto. "Sabíamos que o bebê de número cem mil estava vindo, mas ainda não sabíamos qual seria, então ficamos acompanhando", conta.
Thalia Kelly, de 18 anos, foi a última grávida a dar à luz, com 40 semanas e seis dias de gestação. Após o parto normal, a mãe de Jade foi informada que sua filha era o centésimo milésimo bebê a nascer na Maternidade Municipal.
"Eu não fazia ideia que a Jade seria o bebê de número cem mil, mas o médico apareceu e disse que ela era e que, no dia seguinte, isso aqui [a Maternidade] estaria cheia de visitas e jornalistas. Na hora eu estava com tanta dor que nem consegui pensar direito", declara.
Felippe Machado complementa, ainda, que, além de roupinhas e itens de higiene, Jade Antonella ganhou de presente a nova estrutura da Maternidade, que passou por uma ampla reforma e foi entregue à população em maio deste ano, no Dia das Mães.
"Todas as mudanças foram pensadas para o bem-estar da mãe, do bebê e das famílias. Isso sem falar na qualidade da equipe que atende as pacientes."
O prefeito Marcelo Belinati declarou estar emocionado com o nascimento do centésimo milésimo bebê, especialmente após a entrega da reforma da Maternidade. "O Estado do Paraná tem 22 cidades que têm mais de 100 mil habitantes e só aqui na Maternidade Municipal já nasceram mais de 100 mil crianças. Isso é um exemplo para o Brasil", declara.
HISTÓRIA DA FAMÍLIA
Thalia Kelly, assim como os outros três filhos de Kelly Regina, de 34 anos, nasceu na Maternidade Municipal. "Foi uma alegria muito grande ver minha primeira neta nascer aqui, onde tive todos os meus filhos. Muita coisa mudou na Maternidade, principalmente nos quartos. O tratamento que a Thalia recebeu foi excelente, desde o pré-parto até depois do nascimento da Jade", afirma a avó da bebê.
Kelly Regina conta que, até a manhã desta quinta-feira, ninguém da família estava sabendo que Jade iria receber a visita do prefeito, do secretário de Saúde e da imprensa. "Apenas comentamos com os familiares que ela [Jade] era o bebê cem mil, mas não falamos nada sobre aparecer nos jornais e na TV."
A avó de Jade disse, ainda, que seu pai, de 56 anos, está animado em ser bisavô. "Essa é a primeira bisneta dele. Os planos de Deus são bons. Agora vamos ver se vamos ter energia para brincar com a bebê, pois já tenho um neném de dois anos", conta Kelly, rindo.
EQUIPE TÉCNICA
A qualidade da equipe que fornece o atendimento às gestantes, aos bebês e às famílias foi um dos principais pontos destacados não somente pelo prefeito e pelo secretário de Saúde, mas também por Thalia Kelly e Kelly Regina.
Claudete Crude dos Santos é técnica de enfermagem desde 1972 e trabalha na Maternidade Municipal desde sua inauguração, em 1992. Servidora da URN (Unidade de Recém-Nascidos), a profissional cuidou do primeiro bebê nascido na instituição, no dia 31 de dezembro daquele ano.
Nesta quarta-feira, Claudete foi uma das responsáveis pelos cuidados de Jade Antonella. "O amor que tive ao cuidar do primeiro bebê que nasceu aqui foi o mesmo que tive cuidando do centésimo milésimo. Não sou chorona, mas quase chorei ao tirar uma foto com a bebê, porque é muito emocionante", conta a técnica.
A profissional afirma que, com a entrega da reforma da Maternidade, a equipe precisou se modernizar e se adaptar, sobretudo no que se refere às novas tecnologias e à manutenção da humanização do atendimento às mães e aos bebês.
"Com o tempo, é possível que os profissionais percam um pouco dessa humanidade e não podemos deixar isso acontecer. Por isso, a gente trabalha para oferecer o atendimento mais humano para as pacientes. Não sei precisar quantos bebês já foram cuidados por mim aqui, mas, por mês, cuido de cerca de 30, então, em 31 anos de trabalho, foram muitos. Tem bebês que nasceram aqui que já estão tendo bebês."
REFORMA DA MATERNIDADE
A última fase da ampliação e reconstrução da Maternidade Municipal, no centro de Londrina, foi entregue em maio de 2023.
Segundo a Prefeitura, foram cerca de mil metros quadrados de ampliação e modernização para atender melhor as gestantes e puérperas de Londrina, que utilizam o SUS (Sistema Único de Saúde).
Nesta fase, foram entregues 20 apartamentos individuais na ala do puerpério (período de 45 a 60 dias pós-parto), duas salas de enfermaria conjuntas (com dois leitos nessas salas), um espelho d’água e uma área de convívio.
Além disso, a Secretaria de Saúde implantou atividades que não existiam antes na maternidade, como a disponibilização para o espaço do cartório, para que os bebês já saiam registrados, e o parto com analgesia com a presença de um anestesista para fazer a indução e acompanhamento de partos normais quando há a indicação médica.
"A Maternidade Municipal foi inaugurada em 1992 e, nesse ano, fizemos uma reforma e quase dobramos a estrutura em questão de tamanho. Há maternidades particulares em Londrina que não têm a estrutura que aqui tem. Aqui, os quartos são individuais e contam com ar condicionado e banheiros. Além disso, agora compramos frigobares", explica o prefeito de Londrina.
Ao todo foram investidos na ampliação e reconstrução da Maternidade, quase R$ 10 milhões, sendo R$ 7.575.569,77 milhões para as obras realizadas pela construtora Tekenge e aproximadamente R$ 2 milhões na aquisição de equipamentos e mobiliário.
A maternidade de Londrina é a maior maternidade pública do interior do Paraná e a segunda maior do estado, além de ser a referência na Rede Cegonha (Rede de Assistência Materno Infantil) e no atendimento de risco habitual exclusivo para o SUS de Londrina. Por mês, aproximadamente 800 pacientes dão entrada na maternidade. A média mensal de partos é de cerca de 250.
Atualmente, são 160 servidores trabalhando em regime de turnos, sendo uma equipe médica com três obstetras, um anestesiologista, dois pediatras e uma equipe multiprofissional composta por enfermeiras, fonoaudiólogas e assistentes sociais. Esses profissionais passam por cursos de capacitação e qualificação constantes.
(Com informações do N.Com.)