O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) finalizou nesta semana nova análise sobre supostas ilegalidades do Centro Comercial City, localizado na rua Benjamin Constant, no centro da cidade. O empreendimento abriga diversas lojas, entre elas uma da rede Havan. O Ippul, que em 2011 arquivou o pedido do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) do local alegando uma série de irregularidades, voltou atrás e garantiu não haver problemas no prédio.
Um dos impasses estaria relacionado à Lei de Zoneamentos do Plano Diretor do Município, aprovada em 1998 e revisada dez anos depois, que impede terminantemente a instalação de empreendimentos considerados pólos geradores de tráfego no chamado quadrilátero central de Londrina. "A lei entrou em vigor depois de o município ter autorizado as obras do centro comercial. O empreendimento é pólo gerador de tráfego, mas como a lei só começou a valer depois, não há ilegalidade", argumentou a presidente do Ippul, Inês Dequech, em entrevista à rádio CBN Londrina.
Outra questão polêmica envolve o recuo de 2,5 metros do empreendimento. A lei exigiria 5 metros, de acordo com o primeiro parecer do Ippul. "Na verdade, o recuo é facultativo", retificou Inês. Ela também garantiu que o empreendimento não traz prejuízo ao centro da cidade "por que não há previsão de alargamento" da rua Benjamin Constant.
O Ippul prepara, agora, a reavaliação do Estudo de Impacto de Vizinhança do imóvel. O EIV havia sido rejeitado pelo Ippul há três anos.
O Núcleo de Comunicação da prefeitura informou, ainda, que a nova análise deve ser encaminhada para o Ministério Público (MP), que deu prazo de 20 dias para que o município apresentasse uma solução ao Centro Comercial City.
As lojas do empreendimento funcionam atualmente com alvarás provisórios da Secretaria de Obras.