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Pelo menos 40 dos 70 trabalhadores da Iguaçu do Brasil já conseguiram as suas rescisões contratuais com a empresa. A baixa nas carteiras de trabalho começou a ser feita na segunda-feira (15), quando representantes da construtora - acusada de fraude pelo Ministério Público (MP) - vieram para Londrina resolver a situação dos profissionais. "A rescisão vai ajudar os operários a obter valores relacionados ao Fundo de Garantia e ao seguro-desemprego. Além do que, a partir de agora, eles estarão livres para procurar outros trabalhos", destacou Jorge Custódio, advogado do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário (Sintracom) de Londrina, que defende a categoria.
As dívidas de décimo terceiro, Fundo de Garantia e aviso prévio - da empresa com os funcionários - chegam a R$ 300 mil. Os salários referentes ao mês de março também não foram pagos. A folha de pagamento dos funcionários tem valor que ultrapassa os R$ 100 mil. Os mais de R$ 400 mil em débitos, de acordo com o advogado, vai precisar ser cobrado na Justiça do Trabalho. "A empresa teve os bens bloqueados e, agora, precisamos entrar com ações para garantir que os trabalhadores sejam os primeiros a ser ressarcidos", argumentou.
A Iguaçu do Brasil é acusada de comercializar imóveis sem registro com mais de 600 famílias em Londrina. O desvio ultrapassa os R$ 100 milhões, de acordo com levantamento feito pelos próprios consumidores. O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) tem até o próximo domingo (21) para concluir o inquérito. Até lá, os empresários envolvidos com a construtora vão continuar presos.