O Hospital Universitário (HU) de Londrina informou, na quarta-feira (7), que tem um gasto de cerca de R$ 1,5 milhão por mês com a contratação de pessoal terceirizado para suprir o déficit de servidores.
As cerca de 300 contratações, de pessoas físicas e jurídicas, são feitas desde o ano passado para que o atendimento à população não seja suspenso, já que o hospital apresenta déficit de mais de 450 servidores.
De acordo com Adão Brasilino, presidente do Sindicato dos Servidores Técnicos-Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (Assuel), o governo está "devendo" a contratação de mil servidores; metade para a UEL e metade para os órgãos suplementares da instituição, um deles é o HU.
A superintendente do HU, Beth Ursi, não nega o déficit de funcionários, mas justifica que o atraso se deu por conta de um problema no sistema de pagamentos do governo do Estado. Ursi afirma que os pagamentos contratuais estão sendo feitos de forma gradual com recursos próprios do HU e que os plantões de fevereiro devem ser pagos sem atraso expressivo.
Em entrevista ao Bonde na quarta-feira (7), uma contratada do hospital, que preferiu não se identificar, afirmou que "a cada dia alguém dá uma nova data para recebimento, mas nada de pagamento", e que "muitos deixaram de ir trabalhar porque não têm dinheiro para o transporte".