A defesa do guarda municipal Ricardo Leandro Felippe conseguiu, na última quarta-feira (5), a transferência dele do 4º Distrito Policial, onde funciona a Central de Flagrantes da Polícia Civil, para uma cela especial na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 1), localizada no conjunto Cafezal, zona sul de Londrina. Segundo o advogado Luca Carrer, o agente "estava em um local improvisado, o que é totalmente desumano". Ricardo ainda permaneceu por algumas horas na enfermaria por conta de "alguns transtornos da medicação".
No âmbito jurídico, Carrer ainda é cauteloso. Ele não quis divulgar quais serão as estratégias para defender o caso de Ricardo Felippe, acusado de ter matado a sócia da ex-namorada, identificada como Ana Regina do Nascimento Ferreira, 34 anos, e o filho de outra ex-namorada, um adolescente de 16 anos. Os crimes ocorreram entre o final da tarde e início da noite da última segunda-feira. O guarda municipal foi preso em um hotel na cidade de Maracaí (SP), a 130 km de Londrina. Uma arma de fogo também foi apreendida.
Durante coletiva realizada no início da semana, o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Osmir Ferreira Neves, adiantou aos jornalistas que Ricardo deve responder por dois homicídios, quatro tentativas de homicídios (ele atirou contra o pai, mãe, filho e avô de uma das ex-namoradas) e roubo. Segundo a Polícia Civil, ele levou pelo menos três carros e foi detido no interior de SP com um Peugeot de cor branca.
Na Delegacia da Mulher, Ricardo deve ser indiciado em dois inquéritos pelos crimes de ameaça, injúria, tentativa de feminicídio e por dano. As investigações serão concluídas até a semana que vem.