Policiais militares à paisana autuaram 14 suspeitos de terem pulado a catraca do ônibus que faz a Linha 401, Jardim São Jorge, zona norte de Londrina. Entre o pessoal detido estavam 11 menores. O caso aconteceu durante a tarde de domingo, quando três PMs acompanhavam a movimentação dos jovens dentro do ônibus da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL).
Depois de presenciarem o grupo pulando a catraca, os soldados aguardaram a chegada do coletivo até o Terminal do Conjunto Vivi Xavier (zona norte), onde prenderam Alexandre Hilário, 20 anos, Alexsandro da Silva, 19, e Lidiana Aparecida da Silva, 24, além de apreenderem os menores.
De acordo com a relações públicas do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente Roberta Mildemberger, os policiais fizeram a conferência dos pagantes no terminal. ''Temos realizado o policiamento velado (soldados ficam à paisana nos coletivos) com frequência, mas o caso de domingo foi atípico. O objetivo principal é coibir os assaltos a ônibus'', disse a tenente.
O chefe de tráfego da TCGL, Daniel Martins, afirmou que casos como o de domingo aumentaram nos últimos oito meses, especialmente na zona norte. ''Recebemos denúncia até mesmo da população, que não concordava com a ação dos infratores. Esta onda não começou com o pula-catraca'', destacou Martins, referindo-se ao protesto encabeçado pelos estudantes da cidade contra o aumento da tarifa de ônibus (de R$ 1,35 para R$ 1,60), determinado no dia 1º de junho.
Recentemente, a empresa instalou uma câmera oculta em outro ônibus que atende a região. As imagens apontam pelo menos oito pessoas pulando catraca, sendo que uma delas estava com um bebê de colo. Tanto o 5º BPM quanto a TCGL não contam com levantamentos ou estatísticas sobre as ocorrências.
Foram levados para a 10ª Subdivisão Policial: C.R., 17, T.C.P, M.A.R.S., S.L.C.S., os três com 15 anos; A.S., T.C.M., E.F.M., com 16; R.G. e I.D.S., ambos com 14, e J.A.S. e A.P.B.O., as duas com 12 anos. Todos foram liberados após a chegada dos pais ou responsáveis.
A tenente Mildenberger informou que as operações continuam sendo realizadas em outras linhas de ônibus, em horários e dias aleatórios. ''Vale lembrar que denúncias como esta podem ser feitas pelo fone 161, onde o denunciante não precisa deixar identificação'', ressaltou.