Apesar do frio da manhã deste sábado (6) em Londrina, categorias de servidores estaduais em greve promoveram o primeiro ato unificado na Concha Acústica, como forma de divulgar a pauta de reivindicações à população londrinense.
O ato foi promovido pela APP-Sindicato, que representa professores e funcionários da rede estadual de ensino; Sindiprol/Aduel (professores da Universidade Estadual de Londrina, a UEL); Assuel (dos servidores da área técnico-administrativa); e Sindsaúde (rede estadual de saúde).
O ato começou às 10h30, com discursos de representantes das categorias e um show de samba ao final. Segundo o presidente da APP, Márcio Ribeiro, a manifestação conjunta é a demonstração de que a greve só cresce entre os servidores estaduais. "Principalmente depois de quarta-feira (3), quando saiu aquela proposta do governo. Este ato representa a união das categorias para fazer a defesa da garantia de condições mínimas de sobrevivência", afirma. "É uma tentativa de forçar a negociação com o governo", complementa Eliel Machado, diretor de comunicação do Sindiprol.
Apesar de as escolas estaduais já terem iniciado paralisações no dia 25 de junho, outras categorias aderiram mais tarde à greve. O movimento grevista se fortaleceu após a rejeição da proposta do governador Ratinho Júnior (PSD), de conceder 5% de aumento nos próximos quatro anos. Já os servidores, sem reajuste há 42 meses, acumulam 17% de perdas salariais e pedem a reposição imediata da inflação de 12 meses, calculada em 4,94%, e um plano de recuperação das perdas passadas.
O espaço da Concha Acústica, entretanto, não chegou a ficar lotado. Ribeiro avalia que o frio pode ter afastado os manifestantes, mas também que só tiveram dois dias para organizar a manifestação. Segundo o líder sindical, as atenções estão focadas em ato unificado marcado para a terça-feira (9), em Curitiba. Já há seis ônibus programados para levar servidores londrinenses para a capital, mas pode aumentar o número de veículos se mais funcionários aderirem.