Depois de três dias de greve no transporte coletivo em Londrina, os trabalhadores das duas empresas responsáveis pelo serviço (Transportes Coletivos Grande Londrina e Londrisul) decidiram pela retomada das atividades. Isso aconteceu nesta quinta-feira (3) à tarde, após o dinheiro referente ao pagamento de benefícios começar a cair em suas contas.
Os recursos são relacionados ao PPR (Plano de Participação no Lucro e nos Resultados) e ao adicional ao vale-alimentação no valor de R$ 50,00 mensal, referente aos meses de julho a dezembro, totalizando R$ 300. Foi justamente a falta deste pagamento que desencadeou o movimento, na terça-feira (1).
José Faleiros, presidente do Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina), confirmou à reportagem que ainda na tarde desta quinta odas as linhas já estavam normalizadas. Ele ressaltou que o sindicato, diante de tudo o que aconteceu, tem que avaliar o movimento como positivo. E que o fato de o movimento ter começado sem a participação do sindicato não foi um problema. “O resultado é o que importa. Os trabalhadores vão receber o que é direito deles e as empresas vão desistir dos interditos proibitórios", destacou.
Faleiros informou que o dinheiro do PPR já está caindo na conta dos trabalhadores e o do vale alimentação logo deve ser depositado também. “Eu só tenho que agradecer a todos que participaram do movimento."
No início da manhã, os trabalhadores haviam realizado assembleias e decidido pela continuidade da grave.
A situação começou a mudar no início da tarde, quando a prefeitura informou que havia depositado o valor integral (1.963.937, 20 reais).
Conforme a CMTU, neste momento, 100% da frota da empresa Londrisul está rodando. Isso equivale a 112 veículos. Já a empresa TCGL colocou 115 veículos nas ruas, números que corresponde a 80% da sua frota. A frota em circulação garante a cobertura de todas as linhas da cidade.