Com a paralisação dos controladores de tráfego aéreo do Cindacta-1, em Brasília, nesta sexta-feira (30), seis meses depois do início da crise aérea brasileira, aeroportos de todo o país sofrem com os efeitos da greve, pois todas as decolagens foram suspensas. Ontem à noite, em Londrina, dois vôos foram retidos, um da Varig e outro da TAM. Cerca de 200 pessoas aguardavam no saguão.
Um grupo de pescadores de São Paulo, que passou uma semana no Mato Grosso, aguardava no aeroporto de Londrina para retornar à capital paulista. Depois de muita espera, foi preciso fretar um ônibus para garantir a volta, já que o grupo trazia na bagagem cerca de 400 kg de peixe.
O comerciante Marcelo Ballarin, que fazia parte do grupo, disse que o objetivo da pescaria era descansar, relaxar, aliviar o estress do dia-a-dia, o que acabou não acontecendo. "Esse transtorno na nossa viagem acabou com toda a tranquilidade que fomos buscar. Estamos retornando ainda mais estressados", desabafou.
Problema ainda maior para o médico Rodrigo Faria, que não embarcou no vôo com destino ao Rio de Janeiro, onde participaria do Congresso Mundial de Estética, como convidado especial, com palestra marcada para este sábado (31), às 11 horas.
Modelos de Londrina que viajariam para cumprir agenda em São Paulo também perderam os compromissos.
A expectativa continua neste sábado em todos os aeroportos do país. Os controladores reivindicam uma gratificação salarial emergencial, o fim de retaliações militares e garantias do processo de desmilitarização do setor.