Até 31 de dezembro deste ano, mais 215 cargos e funções comissionados da Universidade Estadual de Londrina (UEL) serão cortados pelo governo do Estado. Em 31 de dezembro do ano passado, 142 cargos já foram extintos.
De acordo com o pró-reitor de Recursos Humanos da UEL, Leandro Altimari, a Lei nº 16.372, que trata dos cargos em comissão, entrará em vigor em 31 de dezembro de 2017. "Portanto, estamos conduzindo trabalhos internos a fim de buscar uma estrutura que impacte da menor forma possível as atividades desenvolvidas atualmente. Certamente, iremos encaminhar ao governo uma proposta que atenda às adequações necessárias buscando uma readequação do quantitativo estabelecido pela lei."
Essa lei foi aprovada em 2009, após discussão entre o governo do Estado e as reitorias das Instituições Estaduais de Ensino Superior (Iees), mas o primeiro corte só foi realizado no ano passado. "Em 2016, a lei previa que fossem cortados 357 cargos, mas, depois de analisar a conjuntura, o governo entendeu que, para aquele momento, seriam cortado apenas 40% e o restante ficaria para dezembro de 2017. Por isso, serão cortados 215 cargos neste ano", explica Altimari.
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Conforme o pró-reitor, neste momento o corte será mais amplo e pode atingir a universidade por completo - em 2016, a ação foi restrita a apenas alguns departamentos. Em relação ao Hospital Universitário (HU) de Londrina, mais de cem cargos estão na previsão para serem extintos. "Na teoria, eles só teriam um cargo em comissão contemplado por essa lei, que é o de superintendente. Os demais cargos de responsabilidade, como diretores clínicos, administrativos e de cada divisão do hospital [pediatria, UTI, laboratórios etc], podem deixar de existir."
Além do HU, podem ocorrer cortes na Rádio e TV UEL, museus da cidade, Casa de Cultura, Clínica Psicológica, entre outras unidades.
"Estamos encaminhando uma proposta ao governo que não atenda apenas à lei, mas também as reais necessidades da UEL. Somente a partir disso, poderemos rever como os cargos serão distribuídos", pontua Altimari.
Reivindicação de servidores
A reitora da UEL, Berenice Jordão, apresentou na terça-feira (22), na Câmara Municipal, a situação financeira da instituição de ensino. Ela classificou que a reposição do quadro de funcionários é uma das principais pendências enfrentadas hoje.
Segundo balanço apresentado no Legislativo, 841 servidores teriam de ser admitidos por meio de concurso público. Esse é o número apontado como ideal pela reitora para o funcionamento da universidade.
Desse total, 542 são técnico-administrativos e 299, professores. Para a reitora, o prejuízo na área de docência não chega a ser tão grande por conta dos últimos testes seletivos autorizados pelo governo do Estado. No entanto, para os agentes universitários, não há nomeações desde agosto de 2014.