Londrina

Governo anuncia retomada da obra no Ouro Verde; construtora alega pendências

10 ago 2015 às 16:24

O Governo do Paraná repassou na última sexta-feira (7) cerca de R$ 1,7 milhão para retomada das obras de reconstrução do Cine Teatro Ouro Verde, destruído por um incêndio em 12 de fevereiro de 2012. Há mais de dez meses não há trabalhos no local, por falta de repasse do governo à construtora responsável.

Uma reunião marcada para esta terça-feira entre a Universidade Estadual de Londrina (UEL), dona do espaço, e a construtora Regional dará início às negociações para retomada dos trabalhos. O engenheiro responsável pela obra, José Pedro da Rocha, afirmou que ainda há pendências a serem resolvidas entre as partes.


"Não é apenas uma autorização pura e simples: 'pagou, retoma amanhã'. As partes têm que sentar e avaliar o que pode ser continuado. Precisa haver uma compatibilização entre projetos. Muitos dos problemas que surgiram durante a obra geraram serviços extras que precisam ser compensados", afirmou Rocha.


O engenheiro mostrou preocupação com as finanças do estado, que pretende retomar diversas obras paralisadas no estado, como a construção do Instituto Médico Legal (IML), também em Londrina. "Corre o risco da gente entrar de boa fé e depois perdura a dificuldade do Estado. A gente já teve muito problema para conciliar esta fala de pagamento, gerou um transtorno muito grande na empresa. Além disso, dispensamos todo o pessoal e não se faz essa reposição do dia para a noite. A retomada do serviço é complexa". No auge da obra, a construtora empregava cerca de 80 pessoas.


A previsão de gastos para reconstrução do Ouro Verde é de R$ 12 milhões, sendo que o governo liberou até o momento cerca de um terço do total. O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, afirmou que os recursos para as próximas etapas já estão garantidos. "O governador já autorizou mais R$ 4 milhões que serão liberados, ainda este ano".


Os recursos para a reconstrução vêm da Unidade Gestora do Fundo Paraná, ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O projeto arquitetônico de reconstrução foi feito em parceria pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o Sindicato das Indústrias de Construção Civil Norte.


Os projetos seguem rigorosamente as recomendações técnicas da Coordenação do Patrimônio Cultural e Histórico do Paraná, além das recomendações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).


O palco será maior que o original, em mais ou menos um metro. O número de cadeiras será reduzido de 853 para 790 para atender às normas vigentes com relação às cadeiras para obesos, espaço para deficientes físicos, escadas na lateral do palco, plataformas para garantir a circulação dos cadeirantes e elevador monta-cargas nos fundos do Teatro.

Além das poltronas, do carpete, da madeira do palco e do forro, também haverá alterações no revestimento, que será trocado por materiais de melhor qualidade. Já o revestimento acústico e o setor de cenografia terão recursos de alta tecnologia. O projeto ainda prevê dispositivos de segurança como alarmes de incêndio e a sinalização adequada no local.


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