Londrina

Gasolina baixa para R$ 1,79 em Londrina

17 jul 2003 às 20:42

Alguns postos de Londrina estão vendendo gasolina a R$ 1,79 o litro. Na semana passada, a média de preços foi R$ 1,92, de acordo com o site da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Um dos estabelecimentos que diminuiu o preço foi o Posto Carajás.

O proprietário Emílio Santaela disse, nesta quinta, que a redução decorre da concorrência do Posto Duim, que fica em frente à empresa. ''Reduzi o preço porque eles abaixaram'', justificou ele, que considera o novo valor inviável. ''Compro o litro de gasolina a R$ 1,75'', contou.


Para diminuir custos, o posto não está aceitando cartões de crédito ou débito, cuja utilização é cobrada pelas administradoras. O proprietário do Duim não quis dar entrevista sobre o novo preço.


Santaela acredita que a baixa decorre da prática de dumping (venda do produto abaixo do preço de custo para eliminar a concorrência). Segundo o empresário, as companhias vão subsidiar os preços do combustível até todo mundo entrar em acordo. Quem perde, afirma ele, são os revendedores bandeira branca, que compram de companhias menores sem condições de negociar os valores praticados.


No posto Samuara, vizinho dos dois estabelecimentos, o proprietário José Carlos de Lusa está vendendo gasolina a R$ 1,89. Com custo de R$ 1,77 por litro de gasolina, ele disse que os dois concorrentes ''estão jogando dinheiro fora''. Para ele, o restante dos postos só acompanha os preços se as companhias reduzirem os valores. ''Deve ser uma briga pessoal entre os dois.''


Alheios às discussões sobre a prática de dumping, os consumidores aprovaram a redução no preço. O segurança Pedro Angecir Lopes se deslocou de outra região da cidade para abastecer no Duim. ''Achei ótimo'', afirmou.

O radialista Rosby Queiroz Garcia também aprovou a mudança. ''Já veio tarde'', disse, referindo-se à desvalorização do litro de gasolina. Ele não acredita que a queda decorra da prática de dumping. ''Ninguém joga dinheiro fora. Essa é uma justificativa dos empresários para manter os preços altos'', opinou.


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