Abonos complementares de 2% e 4% mensais até maio do ano que vem, quando haverá reajuste de 5% para os funcionários que atuam na área da Saúde em Londrina. A proposta, apresentada pelo sindicato patronal, derrubou a reivindicação de 18,5 % de reajuste salarial proposta pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Londrina (Sinsaúde).
A definição saiu na assembléia da categoria, realizada na noite da última quarta-feira, e surpreendeu a presidente do Sinsaúde, Ana Maria da Cruz. Ela não esperava que a proposta feita pelo Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde de Londrina e Região (Sinheslor) - que reúnde hospitais e clínicas médicas da cidade - fosse aprovada.
''Esperávamos uma participação maior, mas tivemos a presença de apenas 57 pessoas'', disse Ana Maria. O SinSaude têm mais de mil sindicalizados e representa quatro mil funcionários do setor na cidade.
Pela proposta aprovada, a categoria terá 2% de abono entre maio e setembro, 4% de abono entre outubro e fevereiro do ano que vem, mais os 5% de reajuste sobre o salário de abril deste ano. Segundo o Sinsaúde, as funções básicas (das áreas de limpeza, cozinha e vigilância) recebem salário mínimo. A remuneração inicial de um auxiliar de enfermagem é de R$ 310,00.
O presidente do Sinheslor, Antônio Carlos Ribeiro acredita que os funcionários entenderam a situação financeira dos hospitais ao aceitar o acordo. Ele também afirma que os 2% e 4% distribuídos ao longo do ano não são abonos e sim prêmio de incentivo.