Uma família de Londrina está correndo contra o tempo para arrecadar dinheiro para realizar uma cirurgia para um bebê de 10 meses. Benjamin de Carvalho Santos tem cranioestenose do tipo plagiocefalia anterior, que é uma má-formação do lado direito do crânio. A cirurgia precisa ser feita antes de o menino completar um ano de idade. A família precisa arrecadar cerca de R$ 150 mil.
Jamille de Carvalho, 23, mãe de Benjamin, conta que o filho nasceu com o olho esquerdo inchado e com a pálpebra caída. Segundo ela, os médicos diziam que não era nada. Alguns meses depois, o lado esquerdo da testa também começou a inchar.
“Os médicos continuavam falando que não era nada, que era por conta do parto e que ia passar”, relembra. Com oito meses, ela levou a criança ao PAI (Pronto Atendimento Infantil) por conta de uma bronquiolite e a médica que atendeu o Benjamin disse que ele tinha cranioestenose.
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Carvalho conta que a médica orientou que ela procurasse um posto de saúde para conseguir um encaminhamento para um especialista através do SUS. A mãe também procurou o Ministério Público. Segundo ela, a consulta para conseguir o laudo atestando a condição seria agendada para outubro. Desde então, ela permanece na fila de espera.
Desesperada, a mãe procurou um médico particular, que confirmou o diagnóstico de cranioestenose do tipo plagiocefalia anterior. A doença é caracterizada pelo fechamento precoce das suturas, conhecidas como moleiras, que atrapalham o desenvolvimento cerebral da criança.
“O médico disse que o caso só poderia ser tratado com a cirurgia antes de ele completar um ano de vida”, explica. A mãe conta que, caso o procedimento seja realizado de forma tardia, pode acarretar no aumento da pressão intracraniana, no atraso psicomotor, na dificuldade de manter interações sociais e no aumento da possibilidade de complicações decorrentes da cirurgia.
“Cada vez mais que a gente for deixando [de fazer a cirurgia], as possíveis complicações vão aumentando. Pode até não ser reversível, causando problemas graves e até a morte”, lamenta a mãe.
No particular, todo o procedimento custa por volta de R$ 150 mil, sendo que apenas a placa que vai ser colocada no crânio da criança, que vem da Alemanha, custa mais de R$ 70 mil. O restante do valor é para pagar a cirurgia, internação e medicamentos. O procedimento vai ser realizado no Hospital Evangélico de Londrina. A família arrecadou pouco mais de R$ 6.500.
Jamille de Carvalho conta que a família vive uma corrida contra o tempo, já que o filho tem 10 meses e eles precisam arrecadar o dinheiro até o dia 10 de julho. Benjamin completa um ano de vida no dia 28 de julho, então até a data a criança já precisa ter passado pelo procedimento cirúrgico.
“A palavra é medo. Eu não tinha conhecimento dessa doença, mas agora eu vejo muitas mães que passaram por isso, que os filhos fizeram a cirurgia e estão ótimos. Mas eu sinto medo. Eu queria estar no lugar dele, mas como eu não posso eu vou lutar por ele. Nenhuma mãe deveria perder um filho por não ter condições de fazer uma cirurgia”, lamenta.
Como doar
As pessoas podem doar qualquer valor através do Pix, na opção de chave por CPF. O número é 113.060.199-40 e está em nome de Jamille de Carvalho. As doações também podem ser feitas por meio de uma plataforma de financiamento online. Nesse caso, o valor mínimo é de R$ 25. A plataforma está disponível por meio da identificação n° 3761195 ou do link.