A juíza da 2ª Vara Criminal de Londrina, Lídia Maejima, determinou a quebra de sigilos bancário e telefônico dos envolvidos no assalto aos 26 cofres do Banespa. No despacho, a juíza deferiu todos os pedidos do delegado de polícia civil Márcio Vinícius Ferreira Amaro e do Ministério Público (MP).
O Banespa terá que fornecer a relação completa dos nomes dos 26 locatários dos cofres roubados. A juíza também determinou que bancos de São Paulo, onde alguns cheques roubados foram descontados, divulguem os nomes dos clientes beneficiados. Conforme o despacho, as operadoras de telefonia terão que informar a origem das chamadas telefônicas registradas em um celular deixado pelos ladrões no interior do banco. O assalto aconteceu no dia 10 de janeiro deste ano.
No assalto ao Banespa, uma quadrilha com cerca de 15 homens, provavelmente vinda de São Paulo, sequestrou a esposa do gerente, Andrea Melo, e obrigou o gerente Roberto Melo a entregar o nome dos locatários dos cofres. Um telefone celular pré-pago foi esquecido pelos ladrões, ficando na memória do aparelho vários números registrados, entre eles um de Londrina. Cheques que estavam nos cofres foram compensados em bancos de São Paulo. Somente 12 proprietários dos 26 cofres foram à polícia registrar queixa do roubo. Os nomes dessas pessoas foram entregues à Receita Federal, que preservou a identidade delas alegando sigilo fiscal. Segundo fontes ligadas ao Banespa, os cofres não tinham seguro, já que os bens não eram declarados pelos clientes. O delegado Márcio Amaro disse que tem conhecimento de rumores que ligam os locatários dos cofres ao esquema Ama-Comurb.
* Leia mais em reportagem de Maranúbia Barbosa na edição da Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira