Londrina

Entidades lançam campanha contra a violência

26 fev 2003 às 17:07

Entidades da sociedade civil de Londrina lançaram nesta quarta-feira uma campanha contra a onda de violência que atinge a cidade. O objetivo é aglutinar o maior número de pessoas na busca de soluções para a situação enfrentada hoje pela socidade londrinense. Entre as entidades estão a subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Organização Não-Governamental (ONG) Pés-Vermelhos, Mãos Limpas!, Associação Comercial de Londrina (Acil), Igreja Católica, Maçonaria e Conselho Comunitário de Segurança.

O Conselho de Segurança elaborou um plano de segurança que será levado ao governador Roberto Requião (PMDB), a data ainda não foi definida, mas o grupo pretende que seja o mais rápido possível. O vice-presidente do conselho, advogado Alvino Aparecido Filho, explicou que foi feito um levantamento estatístico sobre a atual situação das polícias Civil e Militar e elaborados propostas para melhorar a condição das polícias. Os números atuais não podem ser divulgados por uma questão de segurança, informou.


Segundo Alvino Filho, a curto prazo a Polícia Militar precisa de mais 300 homens, armas e viaturas e a Civil de mais 20 delegados, 20 escrivães e 40 investigadores. ''A cidade precisa desses homens até o final de 2003. Além disso precisamos do efetivo funcionamento da Delegacia de Narcotráfico'', afirmou. O advogado acredita que as lideranças da comunidade é que devem pressionar para que ações objetivas no combate à violência sejam tomadas e precisam fazer o diagnóstico dos problemas de seus bairros para dizer que ações são mais necessárias.


Para ele, o modelo da Polícia Civil, de centralizar as decisões no delegado-chefe, está ultrapassado. ''Os distritos precisam ser independentes e funcionarem 24 horas todos os dias'', defende. O advogado informou que ações para melhorar o efetivo da Civil já estão sendo tomados, com a nomeação de novos delegados para a cidade, transferência de policiais.

O presidente da ONG Pés-Vermelhos, Claudemir Molina, disse que também serão desenvolvidas ações junto aos jovens sobre os perigos do uso de drogas através de palestras e campanhas, propostas de inclusão social por meio de trabalho. ''Esperamos que todos se envolvam na busca por soluções para que a situação não se torne ainda mais grave'', afirmou.


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