O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) se reuniu na segunda-feira (7) com representantes de duas empresas que teriam sido responsáveis por assorear a nascente do lago Igapó nas últimas semanas. Apresentaram esclarecimentos ao órgão estadual uma firma de logística que tem sede instalada na PR-445 e a construtora responsável pelas obras de duplicação da rodovia entre Londrina e Cambé. "As empresas admitem o assoreamento, mas alegam que o prejuízo ambiental foi causado longe da nascente do curso d'água", contou o chefe regional do IAP em Londrina, Raimundo Maia Campos Júnior.
Segundo ele, as empresas apresentaram fotografias e imagens de satélite tanto da área atingida pelo assoreamento como do local onde seria a nascente. "É a nascente do Igapó e também do ribeirão Cambezinho. As fotografias apresentadas pelas firmas mostram que a área está bem cuidada, com a existência até de peixes", observou Campos Júnior.
Ele garantiu que os funcionários do IAP vão voltar a visitar as áreas ainda nesta semana. "Precisamos reanalisar as provas e os argumentos das empresas antes de estabelecer qualquer tipo de punição", argumentou.
As firmas responsáveis pelo assoreamento também teriam se comprometido em recuperar o curso d'água e revitalizar a área de preservação permanente. "As empresas alegam que a terra foi levada para o ribeirão pelas fortes chuvas que atingiram Londrina no mês passado. O mais importante é que elas admitem o erro e garantem que vão tomar providências para repará-lo", destacou o chefe do IAP.