Londrina

Empresa vence licitação para reforma do Bosque Municipal e população espera por mais segurança

13 jan 2021 às 15:15


Com a possibilidade do projeto de revitalização do Bosque Central de Londrina começar a sair do papel nas próximas semanas, muitas pessoas que passam pela área no dia a dia esperam ter segurança para frequentar o local.

Uma construtora de Pedrinhas Paulista, no interior de São Paulo, foi a única a apresentar uma proposta para a revitalização do espaço. A abertura do envelope aconteceu na manhã desta quarta-feira (13). Segundo a Diretoria de Licitações da Prefeitura Municipal, a proposta feita pela San Pio Construtora foi no valor de R$ 2. 519.888,36. A licitação é na modalidade Tomada de Preços e estabelecia um preço máximo de R$ 2.545.328,55.


Nos últimos anos, essa grande área de preservação de espécies nativas, localizada entre as avenidas Rio de Janeiro e São Paulo, se tornou apenas um caminho de transição no centro da cidade. Diferente de décadas atrás, quando famílias frequentavam o local como opção de lazer.


"Passo por aqui e tenho lembranças muito boas do passado. Lembro bem dos pontos de ônibus, da bela paisagem e sinto saudades porque hoje está um abandono só", comenta Cleide Palhão Marques. Ela diz que não se arrisca a passar pelos caminhos do Bosque hoje em dia, pela insegurança.


A mesma sensação é relatada por Margarida Presoto, que comemora ao saber do projeto de revitalização do Bosque: "queria ver esse lugar limpo, trazer meus netos para brincar, meus cachorros para passear e sentar nesses bancos, aproveitando momentos de lazer mesmo. Moro em Londrina há 43 anos e tenho imagens de como esse local era bonito. Hoje, a gente não tem liberdade nem para entrar nesse lugar. Todo mundo fica com medo", desabafa.


Antônio Marcos é de Brasília e está morando em Londrina há dois meses. Nesta manhã, ele passeava com o cachorro pelo Bosque e, mesmo sendo surpreendido com a notícia da reestruturação, soube apontar o maior problema no local. "Acho que uma reforma é muito bem-vinda para que esse espaço possa ser melhor aproveitado pela população. Mas será preciso garantir a manutenção e monitoramento para que pessoas que oferecem perigo não tomem conta do espaço. Existem muitos usuários de drogas e alguns, inclusive, moram por aqui", afirma.

(Colaborou Vitor Ogawa)


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