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Suspeita de propina

Empresa tentou vender vacinas contra o novo coronavírus para a Prefeitura de Londrina

Vitor Ogawa - Grupo FOLHA
03 jul 2021 às 09:28

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- Gustavo Carneiro/Grupo Folha
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A empresa americana Davati Medical Supply, que confirmou na CPI da Covid que ofereceu 400 milhões de doses de AstraZeneca ao Ministério da Saúde e cujo vendedor denunciou à comissão pedido de propina de pagamento de US$ 1 dólar por dose do governo federal, procurou a prefeitura de Londrina para oferecer vacinas. Segundo o secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti, os contatos começaram a partir de fevereiro ou março, quando a entrega de vacina teve início. Ele relata que na época foi aprovada uma lei federal que permitiu a estados e municípios a compra da vacina. "A gente começou a ser procurado por um monte de gente de empresas dizendo que tinham a vacina. Essa Davati foi uma. Quando eu vi o nome lá na CPI eu me lembrei e dei uma olhada aqui”, afirma ele à FOLHA.


Cavazotti relata que chegou a conversar on-line com umas três ou quatro empresas que possuíam um modo de agir semelhante e sempre as questionou se essas pessoas possuíam um documento que comprovasse que representavam o laboratório, mas em nenhum momento isso foi entregue. "Eles falavam que entregavam para um monte de cidade”, diz. No entanto, quando o secretário pedia o nome das cidades em que efetivamente já teriam recebido as vacinas, não havia essa resposta, apenas que a carga seria entregue na outra semana.

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