A empresa Denjud Refeições Coletivas Administração e Serviços Ltda., responsável pelo preparo da merenda escolar em Londrina, foi obrigada a devolver R$ 100 mil à prefeitura.
A Secretaria de Gestão fez a análise da planilha de custos da terceirizada e constatou que a verba, referente ao adicional de insalubridade dos funcionários, não foi repassada aos trabalhadores. São 360 profissionais que, na teoria, deveriam ter recebido, cada, de R$ 200 a R$ 300 por mês de benefício. "Mas não receberam. Como a empresa não justificou no que investiu o dinheiro, foi obrigada a devolvê-lo", explicou o secretário de Gestão Pública, Denilson Vieira Novaes.
O secretário definiu como "complexa" a planilha de custos da terceirizada. "A análise continua. Caso encontremos novos pagamentos indevidos, a empresa será obrigada a devolver mais recursos", garantiu.
A falta de repasse da insalubridade aos funcionários é apenas um dos problemas que rondam o contrato emergencial firmado entre Denjud e Prefeitura de Londrina. A Controladoria-Geral do Município (CGM) encontrou dez irregularidades no acordo feito sem licitação.
Uma das conclusões é que deliberadamente o município - quando eram secretários de Gestão Pública, Fábio Reali, e de Educação, Karin Sabec - teria atrasado o processo de licitação da merenda com objetivo de firmar contrato emergencial. O resultado da auditoria foi divulgado na segunda-feira (4).