Por conta das chuvas em Londrina nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde cancelou o primeiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2018. O trabalho de campo, que havia iniciado na segunda-feira (8), não pôde ser aproveitado devido à paralisação das atividades nos dias seguintes. A expectativa é que, com melhora do tempo, o LIRAa reinicie na próxima segunda-feira (15).
Segundo a diretora interina de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Fernandes, a metodologia utilizada no LIRAa não permite pausas e interrupções no decorrer do trabalho. "Dessa forma, tivemos que descartar os dados coletados na segunda-feira (8), e optamos por aguardar até a próxima semana. Isso provavelmente também irá gerar uma prorrogação da data do resultado do primeiro LIRAa de 2018, inicialmente agendada para 25 de janeiro", explicou.
Cerca de 200 agentes municipais de endemias e do Ministério da Saúde atuarão no levantamento. A visita é feita em imóveis residenciais e comerciais, além de construções e terrenos baldios. "Essa vistoria é realizada em 5% dos imóveis cadastrados, com um sorteio para definir em qual a vistoria irá ocorrer. Todos os imóveis selecionados nesse sorteio são visitados em busca de focos do mosquito. E além do trabalho de campo, são realizadas as etapas laboratoriais e de análise dos resultados", afirmou Sonia.
Levantamento
O LIRAa é um mapeamento dos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika vírus, chykungunya e febre amarela. O procedimento é obrigatório no país para todas as cidades com mais de dois mil imóveis. Com o levantamento, é possível identificar a situação da infestação, bem como os tipos de criadouros. O resultado do LIRAa também é utilizado para definir e planejar as ações de controle que serão adotadas, principalmente em áreas críticas.
O Ministério da Saúde determina o estado dos municípios com base nos resultados do levantamento, sendo classificado como satisfatório o resultado de infestação abaixo de 1%; estado de alerta, para resultados de 1% a 3,9%; e situação de risco, quando há infestação superior a 3,9% dos imóveis pesquisados.
O último LIRAa em Londrina ocorreu no mês de dezembro de 2017, e a Secretaria Municipal de Saúde constatou um índice de 4,3% de infestação. Isso significa que, a cada cem imóveis, ao menos quatro possuem focos positivos do mosquito.