Londrina

Em meio a desafios e paradigmas, mulheres londrinenses brilham no esporte brasileiro

08 mar 2024 às 09:00

O número de mulheres que ocupam cargos de comando no esporte brasileiro tem aumentado, mas a presença feminina ainda é pequena na comparação com homens que desempenham funções como técnicos, dirigentes e árbitros.


A participação das mulheres é baixa até mesmo em competições femininas. No Campeonato Brasileiro Feminino A1 do ano passado, a principal divisão nacional, dos 16 clubes participantes, apenas quatro eram dirigidos por mulheres. 


Entre os grandes clubes do país, somente o Atlético Mineiro tinha uma mulher no comando. Os outros eram Ferroviária (SP), Kindermann (SC) e Real Brasília (DF). 


Também na política, poucas mulheres participam das decisões que norteiam o esporte nacional. Ana Moser, craque do vôlei brasileiro, ficou apenas nove meses como ministra do Esporte e foi demitida pelo presidente Lula para agradar as bases do governo no Congresso Nacional. 


André Fufuca (PP-MA) assumiu o cargo. Ana Moser foi a ministra do Esporte que menos ficou no cargo desde a criação do ministério em 1995. 


Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a FOLHA conversou com londrinenses que são protagonistas nas suas modalidades e relata os desafios e os obstáculos que estas mulheres enfrentam no dia a dia para fazer a máquina do esporte girar. 


Márcia Aversani é presidente da Federação Paranaense de Ginástica, coordenadora do Comitê Técnico de Ginástica Rítmica da Confederação Brasileira e membro do Comitê Técnico de GR da Federação Internacional de Ginástica. 


A dirigente lembra que a equidade de gênero que existe entre os atletas nos Jogos Olímpicos, por exemplo, não é a realidade nos cargos de gestão. 


"Na gestão esportiva, nos conselhos federais, nas confederações não há a mesma preocupação em dividir o poder. Somos poucas, muitas vezes temos uma mulher sozinha em uma mesa com vários homens. A mudança que tem acontecido aos poucos é pela vontade das mulheres em mudar, pela luta incansável das mulheres", aponta.


Jayne Borim jogou futsal por Londrina em um tempo em que a modalidade era quase exclusiva para homens. As mulheres ganharam espaço com a "bola pesada" e o trabalho comandado por Borim e Vanda Sanches à frente da equipe londrinense é um dos mais respeitados e vitoriosos do futsal feminino do Brasil. 


"Tem toda uma questão cultural preestabelecida de alguns esportes terem domínio masculino. Não é fácil quebrar estes paradigmas, esta resistência e isso limita a presença de mulheres. Mas não é o gênero que define a capacidade e a eficiência e sim o conhecimento e o trabalho. E hoje temos muitas mulheres, apesar de tudo, desempenhando um trabalho de eficiência", comenta. 


Ex-atleta, Silvana Vieira é hoje uma das técnicas da equipe de atletismo de Londrina, uma das mais vitoriosas do país. Vieira constantemente também integra comissões técnicas da seleção brasileira em competições internacionais da base e adulto.


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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