Londrina

Educadores são demitidos por maus-tratos no Cense de Londrina

14 abr 2014 às 16:21

Quatro educadores sociais que trabalhavam na unidade dois do Centro de Socioeducação (Cense II) de Londrina foram demitidos pelo Governo Estadual no início deste mês. A exoneração dos servidores foi publicada na edição da última quarta-feira (9) do Diário Oficial do Estado. O decreto cita denúncia de maus-tratos feita pela 27ª Promotoria de Justiça da Comarca de Londrina. Foram demitidos, segundo o processo, Giovane Martins Serra; Joaquim Eduardo Pedroso Manzini; Marcos Paulo Pereira; e William Leandro dos Santos. Os quatro ocupavam o cargo de agente de execução e atuavam como educadores sociais.

A prática de irregularidades - não citadas no decreto - foram comprovadas por uma comissão processante.Ainda de acordo com o decreto, foram abertos processos disciplinares contra os funcionários e que eles tiveram direito à ampla defesa. A Secretaria Estadual da Família e Desenvolvimento Social informou, via assessoria de imprensa, que iniciou uma sindicância interna para apurar a conduta dos servidores depois de a Vara da Infância e da Juventude de Londrina realizar uma inspeção no Cense II no ano de 2012 e detectar a existência de maus-tratos contra os adolescentes internados.


A sindicância interna, segundo a secretaria, comprovou a denúncia. A assessoria de imprensa evitou passar detalhes do caso ao Bonde, mas garantiu que a exoneração dos educadores não está relacionada à reportagem veiculada com exclusividade pela Folha de Londrina no dia 23 de maio do ano passado, que apontou a existência de denúncias de maus-tratos contra adolescentes do Cense I.

A Folha publicou com exclusividade o caso de um garoto de 12 anos que teria sido violentado por outro interno dentro da cela enquanto cumpria a internação provisória em 2011. Teria havido consentimento de outros educadores. Na época, o Estado emitiu uma nota oficial e admitiu o crime: "Com relação à denúncia ocorrida em 2011 no Cense Londrina I, todas as providências cabíveis foram tomadas, inclusive com a responsabilização dos envolvidos e a devida comunicação à Vara da Infância e Juventude".


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