Parque de diversões pode ser atração menos ousada do que um game de última geração, ou um filme de aventura superproduzido. Mas é inegável que seu encanto permanece junto à meninada.
Aquele friozinho na barriga ao entrar na fila do brinquedo, a adrenalina que corre solta nas veias, o desafio de encarar todas as geringonças mais sofisticadas - essas sensações não mudam.
Ainda mais na 43.ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. A tarde de domingo foi de público no Parque Ney Braga, fechando um movimentado fim de semana, no qual 75.424 pessoas passaram pelas roletas já no sábado.
Os pequeninos parecem notícia de jornal quando andam nos carrinhos ou no carrossel. Pelo menos é o que dá a entender, com tanta gente tirando fotos. São pais e avós, querendo arquivar o momento para a posteridade. Pablo, 6 anos, e seu irmão Mateus, 11 meses, estão sob mira atenta da câmera do pai, o administrador de marketing André Costa.
''A gente pensa que parquinho é perigoso para uma criança de 11 meses, mas tem vários brinquedos que ele aproveitou sem perigo. Ele está vibrando'', conta André, enquanto tira as fotos.
Também as guloseimas de parque, como os churros e a maça do amor, fazem a festa dos irmãos Costa: afinal, são delícias que se come em casa, sempre viram atração à parte para o estômago dos garotos.
Quem pensa que só criança é que aproveita os brinquedos, faria bem em dar uma passada no Parque Ney Braga para, quem sabe, mudar seus conceitos. Sempre se vê alguém mais alto e um pouco mais velho do que o normal.
Seja no Star Trek, onde, à vista do Capitão Kirk, do Doutor McCoy e do Mister Spock, o tripulante do brinquedo fica desorientado sobre giros e voltas a todas as direções possíveis, ou no clássico Jetão.
É lá que a pequena Isabela Alexandre, 5 anos, e a vovó Suzana, 55, fizeram a festa. Na verdade, a avó pareceiaestar se divertindo mais do que a neta. A carinha de satisfação ao descer do brinquedo foi das duas. ''Ela não tem medo não, mas não quis ir sozinha'', justificou Suzana.
Existem também os equipamentos que exigem destreza física. O Disco gira, sacode, e a garotada tenta ''dançar'' ao som de um funk carioca. Não é fácil ficar dançando em uma pista tão traiçoeira. ''Tem que andar sempre no sentido contrário, e não olhar pra baixo, senão perde o equilíbrio'', avisou João Victor Caputo Horto, 13 anos, um dos ''dançarinos'' do parque.