O porta-voz do 5º Batalhão da Polícia Militar, tenente Ricardo Eguedes, disse que uma comissão de sindicância já foi instaurada para avaliar se houve excesso do policial militar que prendeu Neiva Sefrin em flagrante. No entanto, adiantou que quatro testemunhas do fato afirmaram que efetivamente a diretora do Sine estava bastante alterada.
"Realmente, foi necessário prendê-la e algemá-la. Ela xingou o policial, ofendendo-o, e diversas vezes, utilizou o nome do prefeito para ameaçá-lo. Ela estava tratando com um servidor público", disse Eguedes. "Eu tenho preocupação, porque se ela agiu assim com um policial militar fardado, cumprindo sua função, imagino com age com as pessoas socialmente fragilizadas, que vão ao Sine em busca de emprego".
O porta-voz da PM também disse que a viatura policial que encaminhou Neiva até a delegacia não tem camburão. "É um carro simples e ela foi no banco traseiro".
Questionado sobre as afirmações do prefeito de que houve violência, Eguedes disse que "não vou fazer contestação a respeito do entendimento dele". "E também não vou fazer prejulgamento. Eventual excesso do policial será avaliado nesta sindicância".
Barbosa acusa PM de violência contra diretora
O prefeito Barbosa Neto (PDT) acusou os policiais militares que prenderam em flagrante por desacato a gerente do Sine Neiva de Cássia Vieira Sefrin de terem agido com violência contra sua funcionária.
"Ela foi jogada dentro do camburão, teve a cabeça enfiada, foi algemada com os braços para trás e está com uma luxação no braço", afirmou Barbosa em entrevista coletiva na manhã de hoje (22) ao ser questionado sobre eventuais providências que tomaria sobre o fato.
"Eu não concordo com atos de violência: uma mulher ser algemada. Ela não é nenhuma marginal. Mesmo que num momento de fraqueza tenha dito ser amiga do prefeito, isso não justifica a violência", acusou Barbosa.
Apesar da defesa veemente de Neiva, o prefeito disse não conhecer os dois lados da situação. "Eu não tive acesso às duas versões, mas sei que ela tem a versão dela", comentou o prefeito. Ele também descartou a possibilidade de demitir a gerente do Sine. "Não há qualquer conexão entre uma demissão e outra. São casos isolados".
Relembre o caso em reportagem de Patrícia Scarpin, da TV Tarobá: