A prefeitura de Londrina está iniciando trabalho de gestão dos resíduos sólidos da construção civil, preocupada com o destino final destes entulhos. Na quinta-feira, o engenheiro Tárcísio de Paula Pinto, assessor do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) participou do encontro ''Entulho da construção: Novas normas e instrumentos de gestão'', realizado ontem no auditório da Companhia de Desenvolvimento de Londrina (Codel). Tarcísio presta consultoria em projetos para o destino dos entulhos em 18 cidades, entre elas, Belo Horizonte e São Paulo. Em julho foi aprovada a resolução 307 do Conama, definindo responsabilidades e prazos para prefeituras e construtoras.
Segundo o engenheiro, 80% dos materiais tem reaproveitamento e que 50% a 70% dos resíduos são provenientes de pequenas reformas. ''Reciclando e gerando material em forma de agregado, o metro cúbico do material triturado fica em torno de R$ 8'', revelou. A prefeitura de Londrina paga R$ 22 o metro cúbico de areia e R$ 17 o da pedra.
O presidente da Companhia de Trânsito e Urbanização (CMTU), Wilson Sella, informou que são recolhidos de resíduos entre 900 e 1,3 mil toneladas/dia, uma quantidade três vezes maior que o lixo doméstico e hospitalar coletado depositado no aterro sanitário: 350 toneladas/dia. A CMTU gasta cerca de R$ 10 por metro cúbico para a retirada do material.