Desde 2003, o serviço de saneamento básico em Londrina é feito pela Sanepar. O acordo com a companhia vem sendo renovado pelo município de modo emergencial há dez anos. O prefeito Alexandre Kireeff quer colocar um ponto final no improviso e espera, atualmente, por uma proposta mais consistente da empresa. A prefeitura pode firmar contrato integral com a Sanepar, municipalizar o serviço ou contratar outra empresa para o saneamento. Kireeff admitiu que o desabastecimento registrado em alguns bairros de Londrina na última semana pode pesar em sua escolha. "Ficou claro que a companhia não tem condições de atender toda a cidade durante períodos de estiagem. Já cobramos mais investimento nas redes de abastecimento para que isso não volte a ocorrer", destacou.
A Sanepar informa que o desabastecimento foi causado pela falta de água nos reservatórios. A chuva desta terça-feira (17) pode ajudar a companhia e contornar o problema. Em reunião com Kireeff na segunda (16), representantes da companhia explicaram como é que funciona o sistema de rodízio durante os períodos de estiagem. "Eles me contaram que a cidade é dividida em três setores. Cada um deles fica com o abastecimento comprometido, de forma alternada, por pelo menos doze horas. A companhia também garantiu que não há privilégios, que o racionamento acontece tanto em bairros da periferia quanto em locais mais abastados", contou o prefeito.
O que acontece, de acordo com ele, é que os pontos mais ricos da cidade possuem caixas d'água maiores e, por isso, os moradores destes locais não sentem o desabastecimento. "Isso é completamente inadequado. É preciso que a companhia atenda todos os moradores de forma igual. O serviço precisa ser eficiente para todo mundo", argumentou Kireeff.
O prefeito também sugeriu que a Sanepar realize campanhas de uso racional de água junto à população. "Sabemos que os investimentos não são suficientes. O londrinense também precisa criar a consciência de que a economia de água é importante."