O julgamento do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza teve início na 6.ª Vara Criminal de Londrina nesta quarta-feira (20), mas o depoimento dele será coletado pela juíza Zilda Romero apenas no dia 1.º de junho. Réu no primeiro processo da rede exploração sexual de adolescentes, Souza só será ouvido depois da coleta dos depoimentos de todas as outras testemunhas do caso.
A juíza ouviu, nesta quarta, a adolescente de 15 anos vítima de Souza, o pai e a mãe da garota e um policial que participou da prisão do auditor fiscal. Vale lembrar que o suspeito foi detido no dia 13 de janeiro, na companhia da menina, em um conhecido motel de Londrina. Carla de Jesus, irmã da adolescente, também é ré no processo por, supostamente, aliciar a garota ao auditor fiscal.
O depoimento de Souza foi adiado após solicitação da promotora Suzana de Lacerda, que pretende ouvir outro policial responsável por fazer a prisão do suspeito. O oficial integrava o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na época da detenção, mas, atualmente, trabalha em Jandaia do Sul. A 6.ª Vara Criminal pretende ouvir o policial nesta quinta-feira (21) por meio de uma carta precatória.
A promotora também pretende questionar o acordo de delação premiada fechado pela defesa de Souza, já que os advogados do suspeito tentaram desqualificar a prisão em flagrante dele durante a audiência desta quarta-feira. Pelo acordo firmado, o auditor ficará preso até a conclusão de todas as investigações. Souza é suspeito de integrar o esquema de exploração sexual e, também, a organização criminosa acusada de cobrar propina de dentro da Receita Estadual em Londrina. (com informações do repórter Celso Felizardo, da Folha de Londrina)