O coordenador estadual do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), Leonir Batisti participou do manifesto promovido pela Maçonaria no Fórum de Londrina na tarde desta segunda-feira (28), quando a solicitação para criação de uma vara específica para julgamento de crimes de improbidade administrativa foi entregue ao juiz Aurênio Moura, diretor do Fórum, que prometeu encaminhar pessoalmente o pedido.
Durante entrevista coletiva, Batisti ressaltou a importância da cobrança realizada em Londrina pela população e pela imprensa. Segundo ele, os londrinenses sabem onde fica o Fórum e vão até o local para indagar e cobrar, enquanto a imprensa posiciona a opinião pública. "Isso faz a diferença e por isso, volta e meia, as coisas acontecem em Londrina por conta dessa dupla cobrança", acrescentou.
Ele ainda rebateu as acusações de que o Gaeco poderia estar sendo utilizado de maneira partidária contra a administração municipal em Londrina. "Nós jamais verificamos partido ou pessoas para fazer a nossa função que está na constituição", garantiu.
Batisiti avaliou que existe uma "descrença" por parte da população por causa dos resultados das investigações, o que mudar com a instalação da nova vara. Para ele, a sociedade espera principalmente a devolução de recursos públicos desviados e a prisão de envolvidos em casos de corrupção.
"Em alguns países, quando o governante faz uma besteira, ele se afasta da vida pública. No nosso país, todo mundo tem o hábito de acusar os outros e misturar conceitos para deixar a opinião pública confusa", analisou.