O preço dos combustíveis registrou mais uma queda em Londrina. A gasolina, comercializada a R$ 1,97 no início da semana, já era encontrada a R$ 1,93 nesta sexta. O álcool também caiu e era vendido por até R$ 1,13. Segundo empresários do setor, a desvalorização resulta da concorrência entre as empresas.
''Abaixamos porque os outros abaixaram'', afirmou Luiz Jorge Bolognesi, proprietário do Posto 15. Segundo ele, a tendência é que haja mais quedas nos próximos dias. ''Dois ou três revendedores diminuem o preço e o resto do setor acaba acompanhando'', comentou.
O mesmo motivo justifica a baixa praticada pelo Posto Carajás, pertencente a Emílio Santaella. ''Se não abaixamos, não vendemos'', disse. Os dois empresários consideram que o atual valor é impraticável. ''Os postos trabalham no prejuízo e acumulam dívidas'', afirmou Bolognesi.
Dirceu Joaquim da Silva, gerente do Posto Avenida, tem outra explicação para a queda. ''As companhias estão dando descontos'', comentou ele, que está vendendo até 30 mil litros de gasolina a mais por mês depois que os preços começaram a diminuir.
''Diminuímos a margem mas compensamos no volume.'' O gerente também esclareceu que são as condições oferecidas pelas companhias que explicam as frequentes oscilações de preço em Londrina. A cidade, que já vendeu o combustível mais barato do País, também alcançou a marca dos mais altos valores quando o litro da gasolina chegou a R$ 2,40.
O coordenador do Procon em Londrina, Gerson da Silva, não acredita que os preços do combustível sejam impraticáveis para os revendedores. ''Empresário não trabalha para fazer caridade. O que pode ter ocorrido é que eles estejam equacionando melhor os custos para viabilizar os atuais valores'', disse.
Silva analisou ainda que a livre concorrência beneficia o consumidor. ''O preço praticado hoje prova que os valores de antes (quando a gasolina chegou a R$ 2,40) estavam acima do real.''
Principais interessados nestas oscilações, os consumidores comemoram a queda mas esperam que os valores fiquem ainda menores. ''No interior de São Paulo já encontrei gasolina a R$ 1,84 e álcool a R$ 0,85'', comparou o gerente Élcio Romano, 35 anos.
Proprietário de uma oficina mecânica, o empresário Luciano Marchetti, 26, lembrou que um dos fatores para a diminuição no preço da gasolina foi o aumento na quantidade de álcool no combustível. A alteração, segundo ele, reduz o preço mas aumenta o consumo do combustível pelo carro.