Uma Comissão Investigadora do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V), coordenada pelo Tenente-Coronel Aviador Max Adolfo Nardes, se reuniu em Londrina no início de março para tratar da investigação do acidente com a aeronave Air Tractor AT 401, matrícula PT-WFX, que vitimou seis pessoas, no dia 20 de janeiro desse ano.
O grupo de trabalho é formado por dois investigadores do SERIPA V; um engenheiro do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial); um médico e três psicólogas, sendo duas do CINDACTA II (Segundo Centro integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), e uma do SERIPA IV (SP).
Segundo o coordenador, Tenente-Coronel Nardes, o trabalho da Comissão é exclusivamente dedicado à prevenção de acidentes aeronáuticos. "Não estamos atrás de culpados. Queremos saber quais os fatores contribuintes, que direta ou indiretamente, influenciaram no acidente. A descoberta de falhas ou erros são ensinamentos que podem evitar outras ocorrências de mesma natureza no futuro. Para buscar o resultado, nossa equipe possui experiência e está focada", afirma o coordenador.
Leia mais:
Cursinho para alunos periféricos comemora aprovações no Vestibular da UEL em Londrina
Saiba qual é o próximo passo após aprovação no Vestibular da UEL
Estudantes comemoram aprovação no vestibular da UEL
Londrina promove primeiro mutirão de entrega do cartão Comida Boa em 2025
Para entender as condições técnicas da aeronave, o clima organizacional da empresa e o tipo de treinamento do piloto, a comissão analisa os fatores material, humano e operacional, além de outros aspectos julgados relevantes para a investigação. Além de conhecer o tipo de aeronave, os especialistas são credenciados pelo SIPAER (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), com a certificação do CENIPA, órgão nacional investigador.
A comissão entrevistou o piloto, diretores da empresa, chefe de manutenção e o gerente de segurança operacional da empresa, para construir o cenário investigativo. Foram verificados os exames laboratoriais e os registros do prontuário médico, do Hospital Universitário de Londrina, que prestou atendimento logo após o acidente. Também foi realizada a abertura, a análise e o teste do motor, bem como o exame da documentação técnica da aeronave e os procedimentos operacionais.
Quanto à conclusão do relatório final, a investigação SIPAER não trabalha com prazos definidos. O processo investigatório depende da complexidade do acidente. Porém, se houver alguma não conformidade, a mesma é notificada imediatamente como recomendação de segurança expressa aos órgãos responsáveis para que façam a correção dos procedimentos.
O acidente ocorreu logo após a decolagem da aeronave, que apresentou suspeita de falha de motor, perdeu sustentação, não conseguindo retornar a pista, tendo colidido com um veículo que trafegava na rodovia João Carlos Strass.