Cerca de 120 mil armas podem estar circulando ilegalmente hoje em Londrina, numa média de uma para cada quatro habitantes. A estimativa assustadora, que faz pensar em um estado de guerra, foi feita pelo juiz da 1ª Vara Criminal, João Luiz Cléve Machado, e é facilmente comprovada em qualquer esquina das ruas da área central. Um revólver calibre 38, por exemplo, pode ir parar nas mãos de quem estiver disposto a pagar pouco mais de R$ 200,00 em dinheiro vivo. Também não é preciso andar muito para conseguir armas mais potentes, como a pistola 9mm, de uso exclusivo da Polícia. ‘Pediu, tá na mão’, disse um dos vendedores, para exemplificar a facilidade da negociação.
A reportagem da Folha circulou durante a manhã de sexta-feita passada pela área central e, em menos de cinco horas, foram oferecidas à equipe dois revólveres calibres 38, com preços em torno R$ 270,00 a R$ 380,00. Uma espingarda de dois canos, calibre 36, foi ofertada a R$ 150,00. Em plena luz do dia, em estabelecimentos comerciais acima de qualquer suspeita e sem muita discrição os ‘vendedores’ exibem as qualidades da ‘ferramenta’. ‘É atirar e matar’, afirmou um ‘negociante’ que, sem o menor constrangimento, guarda a ‘mercadoria’ no porta-luvas do veículo. Para não perderem o ‘negócio’, os ‘comerciantes’, com a maior naturalidade, fazem questão de deixar números de telefones com os fregueses.
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