Londrina

Comandante da PM de Londrina é afastado do cargo

16 mai 2005 às 13:14

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, determinou o afastamento do Comandante da Polícia Militar de Londrina, Coronel Manuel da Cruz Neto, na manhã desta segunda-feira (16).

Em entrevista ao jornal "Folha de Londrina" o comandante classificou a morte do carregador da Central de Abastecimento de Londrina (Ceasa), Jamys Smith da Silva, 20, espancado por policiais militares até a morte, como um "acidente de trabalho". ''Para mim foi um acidente de trabalho, que acabou resultando na morte de um cidadão. Com certeza os policiais não tiveram intenção'', afirmou.


O rapaz estava promovendo uma festa na sua casa, no Jardim Santa Fé, na noite de sábado (14) na Rua Nirton Onofre Barion, e o motivo do espancamento teria começado por causa do som alto.


O crime ocorreu após o rapaz ter se recusado a abaixar o volume do som, durante uma festa. Além disso, outros policiais realizaram abordagens violentas durante ronda nas ruas de Londrina.


Delazari considerou "lamentável" a classificação para o crime ocorrido na noite de sábado. "É um erro de postura de um líder".


Pelo menos quatro PMs teriam participado do espancamento, sendo que dois foram mais agressivos, informou uma tia do rapaz assassinado.


O subcomandante da Polícia Militar, coronel Altivir Cielak, informou que os dois policiais mais envolvidos na confusão estão detidos preventivamente na sede do 5º Batalhão da Polícia Militar. Um inquérito policial militar (IPM) será aberto para apurar internamente os fatos.


Em entrevista ontem à Folha de Londrina o tenente-coronel admitiu que ''várias viaturas'' foram até o local para dar reforço, confirmando o relato dos moradores. Segundo eles, quatro viaturas do Pelotão de Choque e mais ''duas ou três menores'' estiveram no local.


O secretário de Segurança Pública afirmou ainda que todos os policiais acusados de atos violentos na noite de sábado serão afastados da corporação, procedimento que pode demorar até 90 dias.

Segundo o secretário, os policiais passarão por processos criminais e administrativos.


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