Apenas quatro advogados atendem na Defensoria Pública Estadual instalada em Londrina. O órgão abriu as portas para a população na última semana em imóvel localizado na rua Brasil, na área central da cidade. Uma defensora informou ao Bonde, sem se identificar, que a falta de estrutura física também é problema.
Os profissionais precisam bancar, com os próprios bolsos, desde rascunhos a faxinas. A demanda já se acumula. Tem preferência pessoas com renda familiar de até três salários mínimos, que não tem condições de custear um advogado.
Em entrevista coletiva em Londrina nesta quinta-feira (16), o governador Beto Richa (PSDB) tratou de minimizar os problemas. "Os defensores já passaram por concurso público e estão sendo nomeados. Vale lembrar também que a Defensoria Pública só saiu do papel no meu governo", argumentou.
Sessenta e três defensores foram aprovados no último concurso público, mas apenas trinta deles assumiram os cargos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que muitos profissionais, que passaram pelo teste, desistiram de assumir as funções por causa da remuneração. O salário, de R$ até 10 mil, é considerado pequeno pelos advogados.
Não há previsão de mais nomeações de servidores para Londrina.