Londrina

CMTU fecha o cerco contra vans escolares

12 mar 2010 às 12:28

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) intensificou a fiscalização de vans de transporte de alunos em escolas particulares e públicas de Londrina. Quatro agentes de trânsito foram destacados para atender só as ocorrências relativas a este tipo de transporte, atuando nas imediações das instituições de ensino. Desde que a fiscalização começou, há duas semanas, 18 multas foram aplicadas.

O diretor de transportes e trânsito da CMTU, Wilson de Jesus, relata que os problemas mais graves encontrados até agora são a superlotação e a existência de veículos clandestinos, que vinham operando sem estar, sequer, caracterizados para este tipo de finalidade. Em relação aos veículos com documentação irregular, o maior volume foi flagrado em escolas particulares. Segundo Jesus, só em um colégio, as seis vans próprias, que operam inclusive com a logomarca da instituição, vinham operando irregularmente.


''Há casos em que o veículo está cadastrado no Detran (Departamento de Trânsito) na categoria particular, ou seja, a mudança para uso em serviço de transporte não foi feita'', revela o diretor. Segundo ele, 35 instituições foram visitadas nos últimos dias. A multa referente à primeira infração é em torno de R$ 130 mais cinco pontos na carteira de habilitação. O prazo para regularização dos documentos é de 48 horas. Se houver reincidência, o veículo é apreendido. Nenhuma das vans autuadas, de acordo com o diretor da CMTU, compareceu à última vistoria obrigatória, realizada pela companhia a cada seis meses.


Jesus informa que a operação de fiscalização junto às vans escolares será permanente daqui para a frente. ''O objetivo é combater a ilegalidade no transporte escolar. Por isso é importante a participação de todos. Temos recebido, por exemplo, denúncias de pais (principalmente as relativas à superlotação) e de profissionais que atuam com a documentação em ordem.''


O diretor recomenda atenção especial por parte dos pais na hora de contratar o transporte dos filhos. ''Não adianta procurar transportador que ofereça preços mais baixos mas que ofereçam serviço precário. O que está em jogo é o maior bem da família. Vale a pena estar atento aos principais itens de segurança'', argumenta.


A artesã Jaqueline Almada Araújo tem um filho de 13 anos que utiliza o transporte oferecido pela escola e confessa que nunca se preocupou em checar a documentação da van. ''Como é um serviço oferecido no próprio colégio, fiquei mais confiante. Minha preocupação sempre foi com superlotação e possíveis imprudências por parte do motorista'', revela.


De acordo com a CMTU, Londrina possui 116 vans de transporte escolar em circulação. Destas, 86 operam com autorizações regulares e 30 encontram-se irregulares.

Serviço
■ Denúncias de transporte irregular podem ser feitas pelo 3379-7959 (das 8 às 17 horas)


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