A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) iniciou nesta quinta-feira (7) um estudo técnico para analisar a viabilidade de ampliação da fiscalização eletrônica em Londrina. O levantamento inclui a contagem e tipificação das infrações observadas, além de aferição do volume de veículos e da velocidade média nas vias. Realizada com a utilização de radares móveis e por agentes sem uniforme, a sondagem não tem caráter fiscalizador e não envolve a emissão de multas. O objetivo é reunir informações consistentes e fidedignas sobre o comportamento do condutor nos locais pesquisados.
De acordo com o diretor de Trânsito da CMTU, Pedro Ramos, a descaracterização dos servidores tem a ver com a postura dos motoristas, que automaticamente reduzem a velocidade quando avistam a fiscalização. "Caso realizássemos este estudo com agentes uniformizados, os resultados obtidos certamente apresentariam uma realidade mascarada. Na presença do agente, é raro que alguém cometa infrações deliberadamente. E a nossa intenção é mapear a conduta real das pessoas", disse.
Ramos contou que a partir do levantamento serão apontadas as localidades onde efetivamente há a possibilidade de implementação da fiscalização eletrônica. "Temos mais de 50 pontos que, a princípio, poderiam receber os dispositivos. No entanto, somente a pesquisa in loco será capaz de determinar quais serão eles. Pode ser que a iniciativa indique mais ou menos lugares, e até outros pontos não aventados inicialmente", explicou.
O diretor ressaltou que, durante o levantamento, os veículos flagrados em velocidade acima do permitido não serão autuados. Também não haverá a emissão de multas para outros tipos de irregularidade, como conversões e retornos proibidos, falta do cinto de segurança ou avanço de parada obrigatória, por exemplo. No entanto, a fiscalização regular – essa, sim, com agentes devidamente uniformizados e viaturas identificadas - continuará a ocorrer normalmente na cidade.
Atualmente, Londrina conta com 22 áreas de patrulhamento eletrônico. Metade dos equipamentos faz somente o controle de velocidade e a outra metade, além do radar, vigia também o avanço de sinal vermelho e a parada sobre a faixa de pedestres. O estudo da companhia não tem data para ser concluído, mas a expectativa é que os novos dispositivos entrem em funcionamento neste ano.