O presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Carlos Alberto Geirinhas, confirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21) que a Prefeitura de Londrina vai deixar de subsidiar parte do preço da tarifa de ônibus a partir de 2014. O município gasta R$ 6,9 milhões por ano desde 2011 para custear R$ 0,10 do valor da passagem.
Ou seja, a tarifa tem preço, na teoria, de R$ 2,40. O valor cobrado do londrinense, no entanto, é de R$ 2,30. "Em São Paulo, a prefeitura destina para a tarifa do transporte R$ 1,2 bilhão em subsídios para minimizar o preço. Londrina também poderia continuar a fazer isso. O prefeito está bastante preocupado, mas não tem recursos", argumentou Geirinhas.
O presidente da CMTU destacou, ainda, que Alexandre Kireeff pretende voltar a procurar o Governo do Estado para pedir o pagamento do subsídio. "É a primeira opção. Em alguns países, 50% dos custos da tarifa são subsidiados, mas não temos condições financeiros de fazer isso aqui. Precisamos de ajuda e o Estado será procurado."
As declarações de Geirinhas procederam reunião realizada na Câmara Municipal de Londrina para discutir a qualidade do serviço do transporte coletivo em Londrina. O encontro foi agendado pelos vereadores Jamil Janene (PP), Péricles Deliberador (PMN) e Gaúcho Tamarrado (PDT).
Os parlamentares apresentaram uma série de queixas contra o serviço durante o encontro. Eles acusaram a CMTU de receber reclamações dos usuários e não cobrar melhorias das empresas. "É claro que as empresas são notificadas. E são multadas, inclusive", rebateu o presidente da CMTU.
Questionado sobre os valores das infrações, Geirinhas desconversou: "Só posso dizer que não são expressivos. É uma coisa que precisa ser revista no próximo contrato."
As principais queixas dos usuários envolvem superlotação e falta de ônibus nos horários de pico. A CMTU quer começar a trabalhar com alternativas viáveis, oferecendo preços mais em conta para os usuários que utilizarem o transporte coletivo em horários diferenciados.