A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) vai intensificar a fiscalização nos motoristas que trabalham com o Uber em Londrina. Apesar de já ser realidade desde a data em que o aplicativo começou a funcionar na cidade - agosto de 2016 - a ampliação se deve às sucessivas reclamações do Sindicato dos Taxistas, que se reuniu com representantes da companhia nesta semana para cobrar providências.
O gerente de transportes do órgão, Wilson de Jesus, reconheceu que "não há como estar 24 horas nos locais onde os condutores de veículos solicitados por meio de aplicativos pegam passageiros com frequência". Por outro lado, reforçou que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe "o trânsito com veículo efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade competente", como está no artigo 231. A infração é média e o veículo é recolhido na hora da autuação.
Segundo Jesus, a CMTU está fazendo um balanço dos lugares onde há denúncias constantes de condutores de veículos pertencentes ao Uber. Os endereços não foram revelados.
Regularização
Do outro lado, condutores do Uber reuniram-se nesta quinta-feira (12) com o vereador Rony Alves (PTB) na Câmara Municipal. O parlamentar é autor do projeto que visa regulamentar a atividade em Londrina. Alves adiantou que a matéria só deve ser apresentada para votação em plenário em um prazo de 90 a 120 dias. Ele ainda pretende ouvir o Sindicato dos Taxistas e demais órgãos envolvidos.
Foi sugerida a criação de uma associação própria dos motoristas do aplicativo. O órgão teria como função o atendimento jurídico aos associados, assim como esclarecimentos sobre o andamento do projeto de lei. Avanços no debate só devem acontecer em reuniões futuras com o vereador, que ainda não foram agendadas.