Na manhã desta terça-feira (24) o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, assinou o documento que autoriza o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar) a gerenciar o serviço para complementar a escala de médicos plantonistas da rede municipal de saúde. A solenidade foi realizada no gabinete do Prefeito.
Através da parceria, a partir desta terça-feira o município conta com médicos plantonistas disponibilizados por empresas contratadas pelo consórcio para os serviços de Urgência e Emergência. Essa é uma forma emergencial de contratação junto ao Cismepar, que é o Consórcio Intermunicipal de Saúde, cujo o maior mantenedor é a Prefeitura de Londrina, que visa promover a agilidade de contratação dos médicos.
"Nosso objetivo é garantir que a população seja respeitada e, por isso, estamos fazendo o convênio com o Cismepar. Além de sair mais barato, porque hoje a Prefeitura gasta cerca de R$ 350 mil por mês com o pagamento de horas extras de médicos, promove a agilidade e nos garante a substituição do profissional quando eventualmente ele não possa fazer o plantão. Nos dá a garantia de que a escala terá quase sempre quatro médicos", explicou Marcelo.
Para tanto, o Município repassará até R$ 100 mil por mês ao Cismepar, podendo destinar até R$ 1,2 milhão por ano. Com esse valor, a Prefeitura terá à disposição, mensalmente, 1.142 horas de trabalho de plantonistas com jornadas de 6 e 12 horas. Isso equivale ao trabalho de até 12 médicos plantonistas a mais, por mês.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Luiz Soares Koury, os médicos atenderão inicialmente a demanda na UPA Centro-Oeste e na UPA do Jardim Sabará, mas caberá ao município encaminhar os plantonistas para locais onde haja a necessidade no atendimento de urgência e emergência, como nos Pronto Atendimento Infantil (PAI), as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de 16 horas do Maria Cecília, do União da Vitória e do Jardim Leonor e a Maternidade Municipal Lucilla Balallai.
"Hoje a Prefeitura tem 237 médicos para 289 vagas, ou seja, são 52 cargos vagos. O que o município está contratando não são médicos, mas sim 1.142 horas de trabalho, o equivalente a 95 plantões de 12 horas por mês. Isso equivale a 12 médicos. Inicialmente estamos focando nas duas UPAs porque o problema é mais agudo, se isso funcionar bem como esperamos, vamos estender para as demais unidades", esclareceu o secretário municipal de Saúde.
Com esta ferramenta, poderão ser chamados plantonistas pediatras e clínicos gerais e, para atenderem especificamente à Maternidade Municipal, anestesiologistas, ginecologistas e obstetras. O contrato tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado anualmente até o encerramento do acordo com o Cismepar, em 2020.
Segundo a diretora de programação e regulação do Cismepar, Silvia Karla Andrade, em Londrina, o consórcio como ferramenta de gestão para 21 municípios oferece esse instrumento, que a possibilita a contratação de escalas médicas para os Hospitais Zona Norte e Zona Sul. O gerenciamento das escalas é previsto no contrato e continuará sendo feito pela Secretaria de Saúde, que terá à disposição essa ferramenta de complementariedade com as empresas contratadas pelo Cismepar. "Trabalhamos com chamamento público e por produção, o que for executado efetivamente é pago e será repassado tanto pelo município ao Cismepar quanto do Cismepar para as empresas", afirmou.
O objetivo desta forma de contratação é dar mais agilidade nas escalas e reduzir o tempo de espera pelo atendimento. O maior benefício da parceria é a recomposição dos plantões, sanando o problema dos picos de tempo de espera prolongados nos serviços de urgência e emergência. "Essa parceria é importante para dar agilidade e resolutividade aos atendimentos realizados nos PA. Conseguiremos reduzir os furos nas escalas médicas. Assim, poderemos ampliar o número de atendimentos e fazer com que o paciente seja atendido mais rapidamente", explicou o assessor técnico da Secretaria de Saúde, Felippe Machado.