O TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná) determinou que o julgamento dos réus Ricardo Seidi e Terezinha de Jesus Guinaia, pai e avó paterna de Eduarda Shigematsu, seja realizado em Londrina. O pedido de desaforamento foi protocolado pela defesa de Seidi, que alegou que o caso foi de grande comoção, o que poderia comprometer a imparcialidade dos jurados. Apesar da expectativa da defesa de que o julgamento fosse determinado para Curitiba, o caso foi transferido para Londrina, a cerca de 25 quilômetros de Rolândia, onde ocorreu o crime.
Douglas Rocha, um dos advogados de Ricardo Seidi, afirma que o pedido protocolado solicitava que o julgamento dos réus fosse realizado em uma comarca distante de Rolândia. A defesa diz ser contra a decisão por causa da proximidade entre Londrina e Rolândia.
Eduarda Shigematsu, de 11 anos, foi encontrada enterrada no fundo do imóvel da família em 28 de abril de 2019 em Rolândia, quatro dias após ter sido vista pela última vez. Tanto Ricardo Seidi quanto Terezinha de Jesus Guinaia foram presos em 30 de abril de 2019. Seidi permanece detido, mas Guinaia foi libertada dois meses depois do crime.
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O pai da vítima é acusado de homicídio qualificado, tendo como qualificadores a asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima, e por ter sido praticado contra uma mulher em razão da condição de mulher. Também foi indiciado por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Já a avó é acusada de ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Segundo ele, já foi solicitado ao TJPR a definição de uma nova comarca, sendo que o pedido deve ser analisado ainda nesta semana. “Caso seja negado, a defesa vai analisar a possibilidade da interposição de um novo recurso”, explica, ressaltando que isso poderia prolongar o prazo para julgamento dos réus. O júri já foi adiado ao menos três vezes e, segundo Rocha, o prolongamento não é interessante para Seidi, que permanece preso na unidade 1 da PEL (Penitenciária Estadual de Londrina).