Londrina

Campanha visa diminuir trotes para Guarda Municipal

10 abr 2019 às 07:53

A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Defesa Social, identificou que no ano de 2018 foram registradas 7.604 ligações de trote e engano para os telefones de emergência 153 (Guarda Municipal) e 199 (Defesa Civil), o que equivale a mais de 600 ao mês. Dados da central da GM apontam que neste ano, até o dia 8 de abril, foram 1.657 registros.


A lei estadual 17.107/2012 prevê a aplicação de multa ao proprietário de linha telefônica responsável pelo acionamento indevido dos serviços telefônicos de atendimento a emergências envolvendo remoções ou resgates, combate a incêndios, ocorrências policiais ou atendimento de desastres. A Defesa Social é responsável pela Guarda Municipal e pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC), no âmbito do município de Londrina, e atende a cidade 24 horas por dia. O trote é uma "brincadeira" sem graça que pode prejudicar o atendimento que a instituição presta às pessoas.


Para o secretário da Defesa Social, Pedro Ramos, a conduta de quem age dessa forma só prejudica a execução do serviço público. "Portanto, há necessidade que haja consciência da população no que se refere ao uso dos telefones de emergência da Guarda Municipal e da Defesa Civil. É importante que os pais observem o comportamento dos filhos. Em muitos casos a gente percebe que são adolescentes que fazem as ligações. No entanto, nós ficamos impedidos de tomar qualquer medida porque a quebra de sigilo, e o uso desse tipo de informação, requer uma requisição judicial. A gente não espera chegar nesse ponto. Esperamos contar com o apoio da população, com o apoio das pessoas responsáveis que têm entre seus familiares alguém com esse tipo de conduta, que é perniciosa e não contribui para segurança do munícipe", enfatizou.


A GM realiza o patrulhamento preventivo pelos próprios públicos municipais, presta apoio aos demais órgãos públicos, cumpre ordens de serviço de atendimento à comunidade, fiscaliza a lei seca municipal, atende vítimas de violência doméstica por meio da "Patrulha Maria da Penha", entre outras atividades. Já a Defesa Civil realiza vistorias em estabelecimentos e residências, presta apoio em situações de desastres além de outras atribuições. A supervisora da central de atendimento e emergência da instituição, Andréia Menezes, ressaltou que um trote pode prejudicar um atendimento necessário. "Atrapalha bastante o bom andamento do serviço, por conta das interrupções não pertinentes. Já atendi ligações com cunho erótico. Tamanha falta de respeito por nós, profissionais de segurança pública, foi relatada à chefia", contou.

As centrais de atendimento da Guarda Municipal e da Defesa Civil funcionam todos os dias da semana, 24 horas por dia, através dos telefones 153 e 199. A Secretaria pede que a sociedade se conscientize quanto ao uso correto do serviço para que não haja interrupções indevidas ou prejuízo para quem estiver em situação de emergência.


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