Apesar de proibidas pelo governo federal, desde o final de 1999, em Londrina as máquinas caça-níqueis continuam sendo instaladas e funcionando sem qualquer fiscalização. Nenhum órgão público assume a responsabilidade pelo controle da atividade. Isso facilita a locação das máquinas por bares, padarias e até bancas de revista.
O proprietário de uma banca no centro de Londrina, Edson Taramelli, disse que decidiu, há dois meses, colocar duas máquinas no local. Elas ficas expostas na calçada. Taramelli conta que, desde que locou os equipamentos, nunca recebeu qualquer fiscalização.
O delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Gilson Garret Algauer, afirmou que o Serviço de Loterias do Paraná (Serlopar) é quem deveria fiscalizar o funcionamento dos caça-níqueis. ""Mas não o faz"", diz.
Uma funcionária do Serlopar justificou que nenhum diretor poderia atender, e que não trabalham com caça-níqueis por ser proibido por lei. Já o delegado da Receita Estadual, Carlos Gilberto Schafer, disse que esse trabalho não é de sua competência.
O delegado Gilson Algauer justificou que falta para a polícia ""um embasamento legal"" para apreender as máquinas. Ele alegou que, para agir, precisa de um laudo pericial que as caracterize como jogo de azar. Outra dificuldade apontada pelo delegado é o fato de muitas máquinas estarem em funcionamento através de liminares obtidas pelos proprietários.
* Leia mais em reportagem de Érika Pelegrino na edição da Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira