O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) formou um grupo no mês passado para analisar a situação financeira da Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina (Caapsml). Integram a equipe sete servidores públicos de diversos setores do município, como a Procuradoria Jurídica e a Controladoria.
O órgão previdenciário fechou o ano passado com um déficit de R$ 25 milhões e precisou recorrer a "reservas e compensações" para dar conta de todos os compromissos firmados com o funcionalismo. "Equacionamos as contas de 2013 com muito esforço. Vai chegar uma hora que nós não vamos conseguir fazer isso", reconheceu o superintendente da Caapsml, Denilson Vieira Novaes.
O grupo nomeado por Kireeff estuda alternativas viáveis para melhorar a situação dos cofres da Caapsml. Uma delas, revelada pelo prefeito em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (19), envolve a cessão do estádio do Café ao órgão municipal. "A praça esportiva poderia ajudar a capitalizar a entidade", argumentou Kireeff.
Já Denilson Novaes lembrou que a alternativa ainda está sendo analisada pelo poder público. "Podemos seguir modelos já adotados em outros estados e fazer com que o município transfira patrimônios e bens para a Caapsml", disse. De acordo com ele, o órgão vai poder utilizar o estádio para "gerar renda". "A prefeitura faz a cessão da praça esportiva por 20 anos e a entidade abre um processo de licitação para efetuar essa concessão para outra empresa, mas aí com ônus, pedindo remuneração", explicou. "A Caapsml não tem condições de gerir o estádio, mas pode terceirizar o serviço", completou.
Na avaliação de Novaes, a empresa poderia usar o estádio "não só como uma praça esportiva, mas também como um instrumento de marketing". "O projeto tem viabilidade, mas precisamos achar um modelo que obedeça as leis vigentes", lembrou. "O objetivo é achar uma fonte de renda alternativa para a previdência e que essa fonte também gere desenvolvimento ao município", observou.
O grupo de trabalho da Caapsml tem até outubro deste ano para analisar as alternativas e apresentar modelos de projetos viáveis ao prefeito. "No setor público o desafio não é fazer, mas como fazer", concluiu o superintendente da Caapsml.