Londrina

Boates poderão ser obrigadas a oferecer água de graça

09 set 2009 às 16:12

Foi protocolado na Câmara Municipal de Londrina o projeto 299/2009, que obriga boates, casas noturnas, casas de shows, danceterias, salões de dança e estabelecimentos similares obrigados bebedouros de água potável para consumo gratuito dos seus frequentadores. De autoria do vereador Rony Alves (PTB), a proposta tem o objetivo de diminuir os riscos à saúde para quem bebe demais nas "noitadas" ou consome drogas estimulantes.

Na justificativa, o vereador cita estudos médicos que apontam o uso de "qualquer tipo de droga estimulante" como fator preponderante para o aumento da temperatura corporal. "E quando isto ocorre num ambiente quente como o das danceterias e locais que concentram muitas pessoas ao mesmo tempo, a temperatura corporal se eleva ainda mais, aumentando o risco de ataque cardíaco, que pode ser fruto de desidratação causada pelo consumo de drogas legais ou ilegais", anotou Rony Alves na justificativa do projeto.


O vereador também argumenta que bebendo mais água, os frequentadores evitariam ficar embriagados e estariam menos sujeitos aos outros riscos do álcool, como acidente automobilísticos.


Preço


Ao determinar que a água seja fornecida gratuitamente, o autor cita o elevado preço da água mineral. "É recomendado que se tome de dois a quatro copos de água parceladamente por hora. Entretanto, é sabido que o custo de copos ou garrafas de água mineral em casas noturnas é superior, ou na melhor das hipóteses, igual ao de um "chopp" ou uma cerveja, o que leva o consumidor, principalmente o mais jovem, a preferir tomar uma cerveja, agravando ainda mais o quadro de desidratação".


Ainda de acordo com o vereador, o número de bebedouros deverá atender satisfatoriamente o número de frequentadores. O projeto estabelece ainda que estabelecimentos com mais de 200 pessoas devem ter local e equipamento próprio para prestar os primeiros socorros.

O prazo para adequação das boates, se aprovado o projeto e convertido em lei, será de 120 dias. O projeto ainda não recebeu parecer das comissões internas da Câmara.


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