Um avião bimotor caiu em uma propriedade rural no Distrito Espírito Santo, no início da noite desta sexta-feira (28), na zona sul de Londrina. Três pessoas morreram carbonizadas. O acidente foi às 18h45.
A informação da Infraero é de que o avião decolou do aeroporto de Londrina e estava fazendo um voo local.
Moradores avistaram a aeronave com problemas e voando em baixa altitude. Todos relataram que ele não caiu direto, mas ficou rodopiando antes de bater no solo. Maria Aparecida Sabiá viu o exato momento em que o avião caiu e explodiu. "Ele passou por cima do meu banheiro, depois saí de casa e vi o momento em que o avião caiu. Foi uma cena horrível, que nunca mais vai sair da minha cabeça", relatou.
Dois homens reforçaram que a aeronave teve problemas na hélice esquerda. Adão contou que o bimotor ficou rodopiando: "Ela não caiu direto, ela ficou girando até cair". Nelson, que mora em uma propriedade há um quilometro do local do acidente, disse que também percebeu falhas na aeronave."Eu percebi que o avião estava com problemas. Por duas vezes a hélice esquerda falhou até que parou de funcionar e caiu".
Um menino de 11 anos, Bruno, disse que estava jogando futebol no momento do incidente. "O avião ficou rodopiando e dava pra ver fumaça saindo das asas. Quando ele caiu teve uma explosão forte que chegou a tremer o chão. Fiquei com bastante medo", contou o garoto.
Bombeiros nada puderam fazer pela vida das vítimas, mas trabalharam no combate as chamas. Durante o trabalho ocorreram três pequenas explosões. O prefixo da aeronave foi consumido pelo fogo. O local foi isolado. Além de peritos, o superintendente da Infraero em Londrina, Marcus Pio, esteve no local e não adiantou detalhes do acidente. Disse que, a partir de agora, um procedimento será instaurado para investigar o que provocou a queda da aeronave.
O bimotor que caiu era um Beech Baron 58, com capacidade para seis pessoas, de propriedade da América Táxi Aéreo. O nome dos três ocupantes não foram confirmados pelos órgãos oficiais, mas seriam Ronaldo, co-piloto; Oséias e Gleiton Borba, piloto. Um homem que estava no local, mas preferiu não se identificar, disse que o piloto era experiente e voava há cerca de 15 anos: "Um rapaz bom, olha, um pilotaço".