O quinto levantamento do índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, em Londrina, constatou que houve um aumento na incidência de focos. O resultado da pesquisa, realizada de outubro a dezembro do ano passado, foi divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde. A incidência cresceu de 0,76% (penúltimo registro) para 3,46%.
Segundo o coordenador do setor de Endemias da secretaria, Luiz Alfredo Gonçalves, o aumento já era previsto devido ao alto índice de chuvas. Ele não descartou a possibilidade de uma epidemia de dengue na cidade.
A pesquisa é realizada em pouco mais de 10% dos imóveis, totalizando 16.299, contando com as residências e as empresas. A região leste registrou o maior índice de focos e hoje está com 5,37% contra 0,96% do levantamento anterior. Depois, vêm a zona sul (3,65%), zona norte (3,57%), área central (3,31%) e a zona oeste (1,09%).
Segundo o gerente de Vigilância Sanitária da secretaria, Marcelo Viana de Castro, os depósitos de maior incidência do mosquito são as garrafas, latas ou plásticos, com 46,15%. Ele acrescentou que em 2002 foram notificados 1.509 casos suspeitos da doença, sendo 415 confirmados. Este ano, 127 casos suspeitos já foram notificados, mas os resultados ainda não chegaram do Laboratório Central, de Curitiba.
Gonçalves explicou que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pode ocorrer uma epidemia se o local apresentar um índice de inciência do mosquito acima de 1%. Segundo ele, as ações da secretaria já foram intensificadas.