Do aeroporto para a rodoviária. É natural a migração. Com o tempo de chuva e a crise aérea instalada no país, o jeito é viajar com os "pés no chão", por terra. As facilidades e compensações que existiam para viajar de avião, tornaram-se superficiais.
Trânsito para chegar ao aeroporto, horas de espera para saída do vôo e o mesmo tempo para aterrissar, o cansaço e toda aquela irritação, se tornaram fatores decisivos. Somado tudo isso, pegar um ônibus de linha com previsão à chegada no destino e viajar descansando é a mellhor escolha.
Em Londrina, por exemplo, houve um aumento considerável de passageiros na rodoviária. Destaque para os carros leitos, executivos e extras. "As pessoas não querem mais ficar dois dias nos aeroportos esperando pelo embarque", ressalta o funcionário de uma empresa de tranportes. "Pelo menos oito carros extras têm sido necessário para suprir a demanda diária", acrescenta.
Cristiane Mattos, da assessoria de imprensa da Viação Garcia, empresa que faz os trechos Londrina-Curitiba, Londrina-São Paulo e Londrina-Rio de Janeiro, explica que a procura por passagens neste momento é bastante grande. Ela atribui esse aumento às férias escolares e época chuvosa. "Além destes dois fatores, há um reflexo de crescimento entre 5% e 7%", atribui ao efeito cascata resultado pelo caos aéreo.