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Londrina apresentou arrecadação de tributos internos 36% superior nos primeiros seis meses do ano em relação ao mesmo período de 2002. O total arrecadado com impostos na cidade chegou aos R$ 357 milhões, contra R$ 262 milhões no ano anterior. Este resultado é melhor do que a média nacional, que superou o desempenho do primeiro semestre de 2002 em 21%, e do Paraná, que foi apenas 13% melhor que o do ano passado.
Os impostos que apresentaram maior evolução quanto a arrecadação foram a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), com desempenho 97% superior ao de 2002, e o PIS/PASEP, incidente sobre o faturamento de empresas e sobre receitas das prefeituras, com crescimento de 58,91%.
Na opinião de Sérgio Gomes Nunes, delegado da Receita Federal em Londrina, o aumento da arrecadação explica-se pela série de medidas tomadas pela própria Receita, como parcelamento de dívidas e atuação da fiscalização.
''Os parcelamentos especiais - conhecidos como Refis II - ajudaram muito a aumentar a arrecadação. Além disso, no caso de Londrina, os bons resultados da agricultura e das exportações do setor aumentaram o faturamento da região e, consequentemente, a arrecadação''.
O delegado também informa que a atuação da malha fina da Receita na cidade aumentou a arrecadação de Londrina em quase R$ 7 milhões. ''Detectamos inconsistências entre o que era declarado por profissionais liberais e os recibos emitidos por eles. Em alguns casos, eram declarados somente R$ 30 mil, quando eram emitidos recibos de até R$ 1 milhão''.
A atuação da mídia, divulgando casos de sonegação de impostos, incentivou as pessoas a regularizarem suas situações frente a Receita, segundo Gomes. E a investigação fiscal de contas CC-5, utilizadas para envio de dinheiro ao exterior, com pelo menos 14 casos de irregularidades detectados em Londrina, também ajudou a aumentar o desempenho da arrecadação.
No entanto, Nunes não acredita que o aumento do faturamento das empresas, que a rigor foi o principal responsável pelo desempenho fiscal de Londrina, represente reaquecimento da economia. ''Somente alguns setores, e em especial a agricultura, tiveram desempeho satisfatório, o que não implica em desenvolvimento econômico'', explica.