Doces ou travessuras?
Assembleia dos funcionários do transporte coletivo de Londrina ocorrida na noite desta quarta-feira (15), deliberou pela paralisação dos serviços aqui cidade. A grande maioria decidiu pela greve. Foram 939 votantes - 823 votaram sim, 93 rejeitaram a proposta. Outros 23 decidiram pelo voto em branco ou nulo.
Os funcionários do transporte coletivo reivindicam aumento de 10% - 6% referentes a inflação do período e 4% de ganho real. As empresas pedem o reajuste na tarifa para atender o pedido dos trabalhadores. No entanto, nos bastidores, esse assunto ganhou repercussões políticas. A Câmara Municipal instaurou Comissão de Inquérito para apurar o caso e, após longa e minuciosa análise das planilhas do sistema, pediu a manutenção do valor da tarifa - R$ 2. Esses trabalhos foram duramente criticados pelo prefeito Barbosa Neto (PDT). O debate culminou na renuncia do cargo de líder do Executivo na Câmara.
"Lamento esta situação. Falta bom senso das autoridades em tomar decisão. Eles não decidem por um jogo político (instalado)", enfatizou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Londrina (Sinttrol), João Batista da Silva.
O resultado da assembleia dos trabalhadores do transporte coletivo será remetido às empresas TCGL (Transporte Coletivo Grande Londrina) e Francovig, que exploram o serviço. A greve só pode ser iniciada após 72h da notificação.
Barbosa Neto decidirá sobre o aumento ou não da tarifa após sexta.