Londrina

Ameaça de bomba paralisa aula em colégio de Londrina

10 ago 2010 às 08:43

Ameaça de bomba perturbou os cerca de 500 alunos do Centro de Atendimento Integrado à Criança (Caic) Dolly Jess Torrezin, no Jardim União da Vitória, Zona Sul de Londrina, ontem. Segundo a diretora Josi Litieri Gomes da Silva, a escola recebeu uma ligação anônima de um rapaz, por volta das 16 horas, pedindo a evacuação do prédio, pois uma bomba relógio havia sido deixada no local.

''Ligamos para a polícia e bombeiros, e retiramos as crianças das salas'', disse Josi, que avisou os professores sem alarmar os estudantes. Além dos alunos, cerca de 55 funcionários, incluindo os docentes, estavam no prédio.


Segundo o tenente Glauco Andrade de Oliveira, da PM, os bombeiros foram acionados para verificar um possível vazamento de gás, que foi descartado. ''Também foram investigadas todas as salas, a biblioteca e as mochilas de todos os estudantes, e nada foi encontrado'', disse o tenente, reforçando que a ligação teria sido muito rápida e em tom de brincadeira, o que teria caracterizado o trote.


Dez policiais militares, alguns do Pelotão de Choque, e quatro bombeiros participaram da ação. Após a varredura do prédio, os estudantes retomaram as aulas. No mesmo terreno funciona um berçário que atende cerca 150 bebês, mas a polícia optou por não revistar o local. Para não alarmar as crianças, a polícia afirmou que estava fazendo um treinamento.


''Foi a primeira vez que recebemos uma ameaça dessas, mas creio em trote pois não entraram estranhos na escola hoje. Mas estamos preocupados porque mesmo com segurança 24 horas, o colégio está exposto até que a construção do muro seja finalizada'', opinou Josi.


Punição


Segundo o tenente, em casos de ameaça de bomba, normalmente o artefato é colocado em locais de fácil acesso. ''É correto acionar a polícia e evacuar o local'', sugeriu Oliveira.


De acordo com o tenente Roberto Geraldo Coelho, dos Bombeiros, todos os telefones da corporação possuem identificador de chamadas e os atendentes já têm experiência para identificar trotes.


''Normalmente os trotes envolvem mais casos de incêndio'', citou Coelho, assinalando que quase a totalidade das ligações de crianças são trotes.


''Como realizamos uma ligação de volta para confirmar a ocorrência dá para saber se é trote, além disso, quando a situação é real, recebemos várias ligações ao mesmo tempo'', completou o bombeiro.

Segundo o delegado-chefe de Londrina, Sérgio Luiz Barroso, trote é crime, previsto no artigo 340 do Código Penal. ''É definido como falha na comunicação de crime e prevê pena de um mês a seis meses de detenção, além de pagamento de multa.''


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